Os primeiros problemas sérios a serem enfrentados pelos desenvolvedores dos primeiros automóveis foram a propulsão e a dirigibilidade. De fato, não bastava movimentar o veículo. Era preciso também ter controle para onde ele ia. As primeiras soluções encontradas não foram das mais interessantes, mas funcionavam. Uma primeira solução consiste em se utilizar algo semelhante aos lemes dos barcos, uma haste que girava uma roda apoiada no chão e que determinada a direção para o qual o veículo iria, conforme mostra a figura 1, num veículo bastante antigo, um Benz de 1885.

 

Figura 1


O passo seguinte na evolução do sistema de direção foi a adoção do vo- lante ou direção como hoje a conhece- mos, mas com uma solução totalmente mecânica para transmitir a força do motorista para o movimento das rodas. É a direção mecânica comum que encontramos na maioria dos carros modernos de menor custo, como mostrada na figura 2.

Figura 2


Neste tipo de direção o esforço que deve ser feito na direção depende de dois fatores: do peso do veículo e de sua velocidade. Quando o veículo está parado, o esforço é maior o mesmo ocorrendo com veículos pesados. Uma solução para se obter menor esforço, foi conseguida com a adoção da direção hidráulica, mostrada na figura 3.

Figura 3


Neste sistema, a direção aciona um sistema que transfere o esforço mecânico para o mecanismo que movimenta as rodas através da pressão do óleo. Através de um sistema engenhoso a força exercida sobre o volante é multiplicada e com isso o motorista não faz força para mudar a direção do veículo. A multiplicação da pressão é feita através de uma bomba hidráulica que é acionada pelo motor. É por este motivo que a direção hidráulica não funciona com o motor desligado ou parado.
Uma evolução do sistema de direção que já começa a ser utilizada em alguns veículos nacionais como alguns modelos da Citroën é a direção elétrica ou assistida eletricamente. O movimento do volante atua sobre um servo motor. Um servo-motor é um dispositivo elétrico que transfere o movimento através da corrente. Assim, o movimento aplicado a entrada do sistema aparece na sua saída sem que haja esforço mecânico para isso. Em outras palavras, pode-se aplicar a força de que muda a direção do veículo às rodas sem esforços, pois é o motor elétrico que faz isso. Na figura 4 mostramos como isso é feito.Um sistema híbrido que consiste na direção hidráulica assistida eletricamente também pode ser encontrado em alguns veículos. Neste sistema, a força de acionamento hidráulico se combina com a força de um motor elétrico para mudar a direção das rodas.

Figura 4


Mas, isso não é tudo. Para o futuro teremos muito mais, e alguns estudos já estão sendo feitos. Se bem que pareçam revolucionários demais e por isso de aceitação duvidosa, não podemos afirmar que isso não venha ser utilizado algum dia. A Mercedes-Benz, por exemplo, em seu F200 utiliza um sistema de direção por joystick, semelhante ao empregado em vídeo games. Na figura temos o carro. E, observando atentamente o seu interior notamos imediatamente a falta dos pedais comuns de acelerador e freio e do volante que é substituí-do pelo joystick no console. Você se acostumaria a dirigir um carro destes...

Figura 5


E, para terminar outra idéia (bastante esquisita) da Mercedes para um veiculo que também substitui o volante por um joystick.

 

Figura 6