Representantes do BNDES visitaram o Inatel no início de outubro para acompanhar o projeto do Sensor Indutivo Digital e deram o aval para a continuidade dos trabalhosOs profissionais do Inatel Competence Center estão desenvolvendo, em parceria com a equipe de Pesquisa e Desenvolvimento da Sense - Sensores e Instrumentos, um Sensor Indutivo Digital. O dispositivo será capaz de determinar a presença de alvos metálicos por meio da captação de alterações em um campo eletromagnético, gerado pelo próprio sensor e poderá ser usado em plantas industriais para controle de processos e automação de linhas de produção.

O projeto, iniciado em outubro de 2011, deverá ser concluído dentro de dois anos e é financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "No primeiro ano de pesquisas, trabalhamos na capacitação da equipe executora do projeto, com treinamentos no Brasil e no exterior, e definimos a arquitetura do sensor e do chip que fará parte dele. Agora, iremos iniciar o desenvolvimento do chip, de fato", relata o coordenador do projeto, professor Luciano Leonel Mendes.

Segundo Luciano, este é um trabalho desafiador, pois além de utilizar uma tecnologia inovadora, consiste no primeiro componente integrado desenvolvido pelo Inatel, o que consolida as pesquisas da instituição na área de Microeletrônica. "A integração entre os profissionais do Inatel e da Sense e a proximidade das duas instituições no sentido ideológico deste projeto fortaleceu muito nossa posição junto ao BNDES. Afinal, tanto o Inatel quanto a Sense estão fortemente empenhados em atingir os objetivos do projeto e colocar o chip em desenvolvimento no maior número possível de sensores de proximidade".

Para o gerente de PD&I da Sense, o engenheiro Sergio Bertoloni, é importante ressaltar o grau de maturidade das duas equipes em seus processos de gestão e execução do projeto e o quanto ele é inovador. "Estamos quebrando definitivamente o mito de que, no Brasil, enquanto a universidade atende às demandas do conhecimento, do saber, as empresas atendem às demandas do mercado. Neste projeto, mostramos que o 'saber' e o 'fazer' andam lado a lado na universidade e na empresa", destaca o engenheiro