Em nossas palestras e em muitos textos sempre tratamos das possibilidades de aplicações de novos materiais e também da inclusão cada vez maior de aplicativos nos objetos que nos cercam.

É a internet das coisas ou IoT que exploramos em coisas estranhas como a inclusão de acesso de uma torradeira à internet e de que falamos com sucesso em nossas palestras (veja o vídeo da Campus Party 2018).

 

 

Nessa palestras damos um interessante aplicativo em que desenvolvedores ingleses dotaram uma torradeira de pão para acessar o site de previsão de tempo e gravar a imagem numa torrada.

 


 

 

 

Pois bem, já podemos ir além, muito além com a inclusão de chips comestíveis nos próprios alimentos, por exemplo, na própria torrada ou em chips de batata.

Para que? É a mesma pergunta que nos fazem quando falamos de uma torradeira com acesso à internet.

Pois bem, a tecnologia está avançando rapidamente e a ideia é dada pelos pesquisadores James Tour e Yieu Chyan na Rice University.

Tomando como base o grafeno que possui propriedades excelentes (é um bom condutor de eletricidade e calor), além disso é antibacterial e anticancerígeno, podendo ser comido, eles desenvolveram uma técnica para criar um novo tipo de material: o LIG ou Laser-indiced graphene (Grafeno induzido por laser).

A ideia não está longe da gravação térmica das torradeiras com acesso à internet (CUR004). O que se desenvolveu é uma técnica que consiste em se usar laser para aquecer um material e criar uma imagem de grafeno.

Nas pesquisas iniciais usando um polímero como material de base, mas depois conseguiram fazer o mesmo com madeira.

Continuando com a busca de novos materiais, os pesquisadores chegaram a conclusão de que a técnica pode ser usado com comida como pão, batata e coco, usando um polímero apropriado.

Mas, para que serve isso: Os pesquisadores vêm na técnica a possibilidade de se integrar diretamente nos alimentos chips RFID e sensores que podem ser digeridos sem problemas...

Na foto temos uma imagem (condutora de grafeno, e que pode ser um tag RFID) gravada diretamente numa torrada.

 

Foto: Jeff Fitlow – Rice University
Foto: Jeff Fitlow – Rice University