Este pequeno circuito pode aumentar a tensão de pilhas ou mesmo de uma bateria para valores suficientemente altos, que permitem o acendimento de pequenas lâmpadas fluorescentes (até 25 W) inclusive aquelas que já não acendem com alimentação comum, por estarem fracas.

O circuito pode ser usado em demonstrações ou num sistema econômico de iluminação de emergência ou camping.

As lâmpadas fluorescentes comuns exigem tensões elevadas, acima de 100 V para poderem acender, o que significa que não podem ser alimentadas diretamente por pilhas ou baterias comuns.

No entanto, utilizando um circuito inversor que "pega" a tensão de 6 a 12 V de pilhas ou baterias e transforma em tensão alternada superior a 200 V podemos acender lâmpadas fluorescentes, se bem que com brilho abaixo do que é normal na operação em rede doméstica.

Este brilho se deve ao fato de que, mesmo havendo tensão alternada, a corrente é limitada e como é o produto tensão x corrente que determina a potência, temos uma potência menor e, portanto, um brilho menor. Um ajuste do rendimento, através da escolha da freqüência de operação ideal num potenciômetro permite ajustar a intensidade de luz conforme a lâmpada.

O circuito opera com tensões entre 6 a 12 V e lâmpadas fluorescentes de 5 a 25 W, mesmo as consideradas "fracas".

Dentre as aplicações possíveis para este inversor temos:

Luz de emergência

Luz decorativa

Sinalização

 

O circuito integrado 555 é a base do projeto operando como um multivibrador astável numa freqüência da faixa de áudio que pode ser ajustada num trimpot para maior rendimento.

A faixa de operação do integrado também pode ser alterada pela troca do capacitor C1, e com um eletrolítico de 10 a 47 µF teremos a produção de pulsos luminosos num sistema de sinalização bastante interessante.

O sinal de saída do 555 é retangular e é aplicado a um transistor de potência TIP31 que excita o enrolamento de baixa tensão de um transformador de alimentação comum.

O primário deste transformador de 220 V é ligado à lâmpada fluorescente.

Temos então, pela forma de onda gerada a produção de uma alta tensão cujo valor de pico pode ser bem maior que a tensão especificada para o transformador.

Assim, mesmo num transformador de 220 V podemos ter picos que chegam a mais de 400 V.

Isso faz com que o gás no interior da lâmpada se ionize com facilidade provocando seu acendimento.

É importante observar que esta tensão não é perigosa, mas seu valor alto provoca choques desagradáveis, o que significa que o leitor deve isolar bem os fios que vão a lâmpada fluorescente.

Na figura 1 temos o diagrama completo do aparelho.

 

Figura 1 – Diagrama do aparelho
Figura 1 – Diagrama do aparelho

 

Podemos instalar todos os componentes menores numa placa de circuito impresso, conforme mostra a figura 2 , ou matriz de contatos do tipo universal, conforme mostra a figura 3.

 

Figura 2 – Montagem em placa
Figura 2 – Montagem em placa

 

 

Figura 3 – Montagem em matriz de contatos
Figura 3 – Montagem em matriz de contatos

 

Os resistores são todos de 1/8 ou 1/4 W e o transformador é do tipo de alimentação com primário de 110/220 V e secundário de 6 + 6 ou 9 + 9 V e corrente entre 250 e 500 mA.

O transistor Q1 deverá ser dotado de radiador de calor, principalmente se a operação for feita com tensão de 12 V, quando a corrente drenada por este componente pode superar 500 mA.

O capacitor C1 pode ser cerâmico ou de poliéster e o capacitor C2 deve ser um eletrolítico para 16 V de tensão de operação.

O trimpot P1 não é crítico podendo também ser usados tipos de 47 ou 220 k Ω e até mesmo um potenciômetro.

Para a alimentação temos diversas opções. Para 6 V devem ser usadas pilhas médias ou grandes, dado o consumo de corrente.

Para uma alimentação de 12 V devem ser usadas pilhas grandes (8) ou então bateria.

Para o caso de bateria, conector apropriado com um fusível de 2 A é recomendado. Este conector pode ser do tipo que se encaixa no acendedor de cigarros do automóvel.

Para provar a unidade basta ligar a alimentação. O único ajuste é de freqüência, feito em P1 de modo que obtenhamos o máximo brilho ou o brilho desejado.

Observamos que, quanto maior for o brilho da lâmpada maior será o consumo de corrente e portanto menor a durabilidade das pilhas (o brilho é energia consumida e esta energia vem das pilhas).

Assim, se você realmente não necessitar de máximo brilho, ajuste o trimpot para a intensidade que julgar suficiente para sua aplicação.

Para um sistema de iluminação de emergência, os fios que vão a S1 devem ser ligados aos contatos do relé de acionamento.

 

Cl-1 - 555 - circuito integrado

Q1 - TIP31

T1 - transformador com primário de 110/220 V e secundário de 6+6 ou 9 + 9 V com correntes de 250 a 500 mA

B1 -6 ou12 V- ver texto

S1 - interruptor simples

P1 - 100 k Ω - trimpot ou potenciômetro

 

Resistores, 1/8 ou 1/4 W

R1 – 10 k Ω

R2 - 47 k Ω

R3 - 1 k Ω

 

Capacitores

C1 - 47 nF - cerâmico ou poliéster

C2 - 100 µF x 16 V - eletrolítico

X1 - lâmpada fluorescente

Diversos: caixa para montagem, placa de circuito impresso, suporte de pilhas, radiador de calor para o transistor, fios, solda, etc.