Escrito por: Newton C. Braga

Certos tipos de insetos que "picam" seres humanos como pernilongos, muriçocas, mutuns, ou seja lá como sejam conhecidos em diversas regiões do Brasil, não suportam determinados sons contínuos de certas freqüências.  Baseados neste fato descrevemos um emissor de sons que perturbam certos insetos, podendo funcionar como repelente.

 

Estudos controvertidos mostram que as freqüências que incomodam os insetos, podem variar bastante, indo desde os infrassons até os ultrassons.
Alguns pesquisadores, por exemplo, afirmam que as freqüências que têm efeitos mais positivos estão na faixa de 2 a 7 kHz e esta é justamente a faixa gerada pelo aparelho que descrevemos a seguir. Um potenciômetro (P1) permite que o usuário do aparelho ajuste a freqüência e assim faça experiências no sentido de encontrar aquelas que produzam os efeitos desejados. O circuito é bastante simples e se baseia somente em transistores, o que facilita muito sua montagem pelos leitores iniciantes ou pelos que não tenham muitos recursos em sua bancada de eletrônica. A alimentação pode ser feita com duas ou quatro pilhas pequenas e como a corrente drenada é muito pequena, sua durabilidade ser  enorme. Na figura 1 temos o diagrama completo do aparelho.



Figura 1 – Diagrama completo do repelente.

Na figura 2 temos a disposição dos componentes numa ponte de terminais a qual cabe facilmente com os demais elementos (pilhas e buzzer) numa pequena caixa plástica.



Figura 2 – Montagem numa ponte de terminais. Montadores mais avançados podem montar em placa de circuito impresso ou mesmo em matriz de contatos.

O transdutor usado é do tipo piezoelétrico de cerâmica, um buzzer piezoelétrico ou equivalente, servindo, por exemplo, uma cápsula de fone de cristal ou cerâmico. Os transistores admitem equivalentes já que qualquer NPN de uso geral serve. Até tipos PNP podem ser usados com a inversão da polaridade das pilhas.Os resistores são de 1/8W e para o ajuste tanto pode ser usado um potenciômetro como um trim pot. Os capacitores C1 e C2 são de poliéster ou cerâmicos enquanto que C3 e um eletrolítico de 6 V cujo valor pode ficar entre 10 uF e 220 uF. Para testar o aparelho é só ligar a alimentação e ajustar P1 para que haja a emissão de um som semelhante ao produzido pelo inseto eu se deseja espantar ou um inseto zumbidor comum. Para usar, basta deixar o aparelho ligado. Faça tentativas em diversas freqüências no sentido de descobrir a que "funciona".



LISTA DE MATERIAL
Semicondutores:

Q1, Q2 - BC548 ou equivalente - transistores NPN de uso geral

Resistores: (1/8W, 5%)
R1, R4 - 2,2 k ohms - vermelho, vermelho, vermelho
R2 - 10 k ohms - marrom, preto, laranja
R3 - 4,7 k ohms - amarelo, violeta, vermelho
P1 - 100 k ohms - trimpot ou potenciômetro

Capacitores:
C1, C2 - 47 nF (473 ou 0,047) - cerâmicos ou poliéster
C3 - 10 uF a 220 uF/6V - eletrolítico

Diversos:

BZ - Transdutor cerâmico MP-10 ou equivalente
S1 - Interruptor simples
B1 - 2 ou 4 pilhas - 3 ou 6 V
Ponte de terminais, suporte de pilhas, caixa para montagem, botão para o potenciômetro, fios, solda, etc.