Este é um automatismo muito útil para ser instalados em locais que possuam corredores escuros. Acoplado a uma campainha de entrada, quando acionado, ele acende uma lâmpada incandescente comum, e ao mesmo tempo toca uma campainha. Também pode ser utilizado de forma independente num corredor ou local pouco iluminado. Simples de montar, este automatismo usa componentes de baixo custo.

 

   A lâmpada acionada por este circuito permanecerá acesa por tempos que variam entre 10 segundos a 50 segundos, conforme o valor dos capacitores escolhidos (C1 e C2) e também R2, apagando de modo automático, quando então o consumo de energia será praticamente nulo.

   Corredores de prédios e hall de elevadores utilizam circuitos deste tipo. Acionado quando saímos do elevador, eles mantém a luz acesa até que a porta do apartamento seja aberta ou sejamos atendidos. O valor máximo do capacitor de temporização é de 100 uF. O resistor R2 tem um valor máximo recomendado de 1 M ohms. Experiências devem ser feitas em cada caso para se obter a melhor combinação de valores de componentes, de modo a casar com as características específicas do SCR usado.

   As lâmpadas alimentadas por este circuito podem ter uma potência máxima da ordem de 100 W, mas na prática não se recomenda usar mais de 60 W, já que, dependendo do local onde o aparelho vai ser colocado, pode haver limitação para instalação de um dissipador de calor no SCR. Evidentemente, este aparelho também pode ser utilizados para outros tipos de temporizações curtas, como elementos de aquecimentos, torneiras automáticas, etc. Na figura 1 temos o diagrama completo da Luz Temporizada.


Figura 1 - Diagrama da Luz temporizada.



Funcionamento
Quando pressionamos o interruptor S1 por um instante, os capacitores C1 e C2 em paralelo, carregam-se praticamente com a tensão de pico da rede de energia (150 V na rede de 110 V e 300 V na rede de 220 V). Soltando S1, os capacitores passam a se descarregar lentamente através de R2 e R3 e pela comporta do SCR. Com esta corrente, o SCR é mantido disparado, alimentando a lâmpada ligada em série com seu anodo. No final da descarga, não havendo  mais tensão suficiente no capacitor para manter a corrente de disparo do SCR, ele desliga e com isso, depois de um breve intervalo em que o brilho diminui, a lâmpada apaga.

Dadas as características do SCR, a lâmpada acende com apenas metade do seu brilho normal, e no final existe um pequeno "aviso" de que a temporização está terminando com uma redução gradual do brilho. Para temporizações maiores, deve ser utilizado outro tipo de circuito mais apropriado, dada as características dos componentes utilizados.

Montagem
Os valores dos componentes entre parênteses são para a rede de 220 V. As tensões de trabalho dos capacitores também devem estar de acordo com a tensão usada na alimentação. Podemos fazer a montagem utilizando uma placa de circuito impresso, conforme o padrão sugerido na figura 2.

Figura 2 - Placa de circuito impresso para a montagem.


O SCR deve ser do tipo TIC106B, se o aparelho for ligado em 110 V e TIC106D se for ligado em 220 V. Se a lâmpada alimentada for de mais de 40W de potência, o SCR deve ser dotado de um radiador de calor, que nada mais é do que uma chapinha de metal de 2 x 2 cm ou ainda do tipo comercial como mostrado na figura 2.

O resistor R1 é de 1 W enquanto os demais podem ser todos de 1/8 W ou mais. Os capacitores C1 e C2 são eletrolíticos de ata tensão, conforme indicado na lista de material. O interruptor de pressão deve ficar embutido na parede, sendo ligado ao circuito através de um fio que pode ter até 10 metros de comprimento. A lâmpada alimentada também pode ser instalada longe do aparelho.

Teste e Instalação
Para testar o aparelho, basta alimentar o circuito a partir da rede de energia, tendo por carga uma lâmpada comum (não utilize lâmpadas eletrônicas ou fluorescentes). A o pressionar S1 e depois soltar, a lâmpada deve permanecer acesa por um certo tempo. Aumente R2 até que o intervalo de tempo seja conseguido. Chegado ao limite de R2, se ainda assim não conseguir o intervalo desejado, aumente os valores dos capacitores C1 e C2 até o limite de 100 uF cada. Obtido o funcionamento normal, é só fazer a instalação definitiva.



LISTA DE MATERIAIS

Semicondutores:
SCR - TIC106B (110 V) ou TIC106D (220 V) - diodo controlado de silício - ver texto
D1 - 1N4004 ou 1N4007 - diodo de silício - conforme rede de energia

Resistores: (1/8 W, 5%)
R1 - 150 ohms x 1W
R2 - 220 Kohms a 470 Kohms
R3 - 10 kohms

Capacitores:
C1, C2 - 47 uF/200 V ou 47 uF/350 V - Eletrolíticos - ver texto

Diversos:
S1 - Interruptor de pressão NA
X1 - Lâmpada comum de 5 a 100 W
Placa de circuito impresso, caixa plástica, radiador de calor para o SCR, fios, cabo de força, soquete para a lâmpada, etc.