Existem componentes tradicionais que, apesar da simplicidade de suas configurações básicas, podem  ser combinados e trabalhados em conjunto com outros componentes para realizar funções complexas. Um desses componentes, que pela sua versatilidade, é um dos tijolos básicos da eletrônica, é o circuito integrado 555. Veja neste artigo como usar o 555 em aplicações avançadas na indústria, eletrônica de consumo, automação predial, telecom e em muitos outros campos da eletrônica.

 

Existem componentes que, pela sua versatilidade, apesar de sua idade permanecem ainda muito usados em diversos campos de atividades. Dentre eles destacamos os amplificadores operacionais como o 741, CA3140, reguladores de tensão como o 723, LM350 e evidentemente, o mais importante de todos o 555.

Tamanha é a importância do 555, mesmo em nossos dias, que ele é um dos poucos componentes que é estudado nos cursos de técnica automação e engenharia mecatrônica (automação industrial) como um item completo do programa de eletrônica.

As aplicações desse componente são infinitas, indo das básicas e mais simples até as mais avançadas que poucos conhecem. Neste artigo reunimos algumas dessas aplicações “sofisticadas” que podem ser de utilidade para o leitor que não sabe até que ponto esse componente pode ser útil.

 

 

O 555

O circuito integrado 555 consiste num timer capaz de operar tanto na configuração astável como monoestável com um circuito interno equivalente ao mostrado na figura 1.

Figura 1

 

O 555 pode produzir sinais ate 500 kHz e opera numa faixa de tensões que vai dos 4,5 aos 18 V. Sua saída pode fornecer ou drenar correntes que chegam aos 100 mA.

Existe uma versão dupla desse circuito integrado que é o 556 (não confundir com o 566 que é outro circuito) e que tem a pinagem mostrada na figura 2. Uma versão quádrupla também pode ser encontrada, mas com maior dificuldade e uma versão simples CMOS de baixo consumo que é a TLC555 ou TL7555.

 

Figura 2


Na figura 3 temos a configuração básica para a operação astável.

Figura 3

 

Os resistores de temporização devem estar na faixa de 1 k ohms a 2,2 M ohms tipicamente e o valor mínimo para C é 50 pF. O valor máximo está determinado apenas pela eventual existência de fugas.

Para a operação monoestável, temos o circuito básico mostrado na figura 4.

Figura 4

 

Os valores-limite para os componentes são os mesmos da versão astável. Para disparar esse circuito, o pino 2 deve ser levado a uma tensão menor que 1/3 da tensão de alimentação.