Um instrumento simples, porém de grande utilidade na bancada de qualquer montador, reparador ou estudante de eletrônica é o injetor de sinais. Este aparelho produz sinais para a prova de rádios, amplificadores, sintonizadores, conversores e muitos tipos de equipamentos que podem então ser ajustados, ou reparados, com muito mais facilidade e precisão.

O injetor opera "simulando" uma fonte de sinais que é então ligada ao aparelho em prova, produzindo então um som audível a partir do qual se pode localizar a falha ou fazer-se o ajuste.

Extremamente simples, ele pode ser alimentado com uma ou duas pilhas pequenas comuns, e instalado numa caixinha plástica de reduzidas dimensões.

 

COMO FUNCIONA

O circuito básico do injetor é mostrado na figura 1.

 

Figura 1 – Circuito básico
Figura 1 – Circuito básico

 

Trata-se de um multivibrador astável que é um oscilador que produz sinais cuja forma de onda é retangular.

A frequência deste oscilador é determinada basicamente pelos valores dos capacitores C1 e C2 e dos resistores R2 e R3.

Entretanto, como o sinal produzido é retangular, aparecem superpostas diversas frequências múltiplas da fundamental, denominadas "harmônicas" que se estendem até a faixa de AM de rádios e até mesmo FM.

Isso significa que além dos sinais de áudio para a prova de amplificadores, intercomunicadores, pré-amplificadores, misturadores, etc., temos sinais também para a prova de rádios, conversores, sintonizadores de FM, etc.

A operação do injetor é ultra simples, bastando ligá-lo ao circuito em que se deseja fazer a prova. Nos amplificadores é nas entradas das etapas que se faz a ligação do injetor.

 

MONTAGEM

Na figura 2 temos o circuito completo do injetor, observando-se o reduzido número de componentes usados.

 

Figura 2 – Circuito completo
Figura 2 – Circuito completo

 

A montagem em placa de circuito impresso é mostrada na figura 3.

 

Figura 3 – Placa para a montagem
Figura 3 – Placa para a montagem

 

A versão em ponte de terminais é dada na figura 4.

 

Figura 4 – Montagem em ponte de terminais
Figura 4 – Montagem em ponte de terminais

 

Esta versão em ponte é mais simples, oferecendo mais facilidade ao principiante que não tenha recursos para a elaboração da placa, mas no final obtém-se um aparelho de maior tamanho.

A montagem em placa é muito mais compacta.

Os cuidados a serem tomados na montagem são os seguintes:

a) Ao soldar os transistores Q1 e Q2 observe sua posição que ó dada em função do lado chato do seu invólucro.

b) Os resistores têm seus valores dados pelas faixas coloridas. Solde estes componentes rapidamente, porque são sensíveis ao calor.

c) Os capacitores de 10 nF podem ser cerâmicos ou de poliéster. Solde-os rapidamente.

d) A ponta de prova pode ser um prego, um pedaço de fio de cobre rígido sem capa, ou arame de aço, conforme mostra a figura 5.

 

Figura 5 – Opções para a ponta de prova
Figura 5 – Opções para a ponta de prova

 

e) Na ligação do suporte de uma ou duas pilhas, observe a sua polaridade.

 

PROVA E USO

Para provar o aparelho, basta ligar a ponta de prova à entrada de um amplificador ou a antena de um rádio de ondas médias.

A garra jacaré deve ser ligada ao chassi, ao ponto de terra ou ao polo negativo da fonte.

Para utilizar o aparelho basta tocar nas entradas das etapas do equipamento analisado com as pontas de prova. Na etapa em que não ocorrer resposta pode estar a origem do problema.

 

Q1, Q2 - BC548 ou equivalentes - transistores

R1 – 10 k x 1/8 W - resistor (marrom, preto, laranja)

R2, R3 – 100 k x 1/8 W- resistores (marrom, preto, amarelo)

R4 - 3k3 x 1/8 W- resistor ( laranja, laranja, vermelho)

C1, C2, C3 - 10 nF - capacitores cerâmicos ou de poliéster (0,01 ou 103)

P1 - ponta de prova

G - garra jacaré

BI - 1,5 ou 3 V - I ou 2 pilhas pequenas

Diversos: placa de circuito impresso ou ponte de terminais, caixa para montagem, fios, solda, etc.