Com este circuito pode-se controlar um motor, lâmpada ou aquecedor, remotamente por meio de um circuito de baixa tensão completamente isolado do circuito a ser controlado, obtendo-se com isso um sistema bastante seguro.

Obs. Outras versões deste artigo podem ser encontradas no site. Esta é uma das mais antigas, tendo sido escrita em 1977.

 

Este circuito é sugerido quando se deseja controlar, por meio de um interruptor remoto, um circuito de certa potência, como por exemplo um motor elétrico de até 1 HP, um aquecedor ou qualquer outro dispositivo, mas por meio de uma linha de baixa tensão que não ofereça qualquer perigo de choques e que possa utilizar interruptores de pequena corrente.

Dentre esses interruptores citamos a possibilidade de se utilizar reed-switches ou relês para circuitos transistorizados, além de interruptores comuns do tipo miniatura para pequenas correntes.

Os componentes são todos comuns no nosso mercado eletrônico e o leitor apto a interpretar diagramas e projetar uma disposição para o circuito numa barra de terminais ou placa de circuito impresso não terá dificuldade para sua execução.

 

COMO FUNCIONA

Com o interruptor aberto, o transformador opera praticamente sem carga, manifestando-se no circuito de comporta do triac toda sua alta impedância.

Com isso, os pulsos de disparo fornecidos pela própria rede de alimentação são bastante retardados em cada semiciclo, não ocorrendo o disparo do triac.

Com o fechamento do interruptor, o secundário do transformador se vê curtocircuitado, desaparecendo o efeito de alta impedância do primário desse componente.

O pulso de disparo não sofre praticamente retardo algum e o triac é disparado logo no início do semiciclo de alimentação.

A carga recebe então sua alimentação quase plena, funcionando normalmente (figura 1).

 


 

 

 


 

 

 

O potenciômetro R1 permite que se obtenha o ponto ideal de disparo do triac em função das características de disparo desse componente e das características do enrolamento primário do transformador usado.

0 resistor R2 e o capacitor C1 em paralelo com o triac tem por função amortecer os transientes de comutação gerados pelo triac, melhorando assim o desempenho do circuito, principalmente com cargas indutivas.

 

MATERIAL

Todo o material pode ser facilmente encontrado no mercado de componentes eletrônicos. O triac pode ser escolhido de acordo com a potencia da carga que deve ser controlada, não devendo, entretanto, sua corrente exceder a 8 A.

No caso de uma operação no limite de- sua potência deve ser utilizado um dissipador de calor.

Para a montagem, oriente-se pelas figuras 2 e 3, onde damos o diagrama e uma disposição em ponte de terminais.

 

Figura 2
Figura 2

 

 

 

Figura 3
Figura 3

 

 

O transformador é do tipo usado em fontes de alimentação para transistores com um primário de 110 ou 220 volts de acordo com a rede local, e um secundário de baixa tensão de 3, 4, 5 ou 6,3 Volts para uma corrente entre 100 e 500 mA.

O potenciômetro recomendado é do tipo de fio com uma dissipação de pelo menos 5 W.

Os demais componentes não oferecem dificuldades de obtenção. O aparelho, uma vez montado pode ser instalado numa caixa apropriada, podendo o cabo de controle remoto ser estendido até uma distância máxima da ordem de 20 metros. Esse cabo não precisa ser blindado.

 

 

Triac de 4 a 8 A - RCA 40901 ou equivalente

T1 - Transformador de força - ver texto

R1 - potenciômetro de fio de 100 ohms

R2 - 56 ohms x 0,5 W - resistor de carvão

C1 - 0,1 pF x 450 volts - capacitor

S1 - Interruptor simples

Diversos: ponte de terminais, cabo de alimentação, fios, solda, etc.