Com este simples circuito é possível magnetizar objetos de metal que admitam magnetização como por exemplo ferramentas, alfinetes etc, transformando-os em pequenos imãs. O aparelho é alimentado pela rede de energia e usa poucos componentes de baixo custo.

Nota: Artigo publicado na Eletrônica Total 66 de 1993

 

Objetos de metais ferromagnéticos como por exemplo o aço, podem ter os ímãs elementares orientados na presença de um forte campo magnético. Se este campo for realmente forte, mesmo depois do seu desaparecimento, a orientação dos ímãs elementares se mantém e esse objeto se transforma num ímã.

É claro que existem metais em que a orientação dos ímãs elementares desaparece tão logo o campo seja cortado, por mais forte que seja, e esses objetos não podem ser magnetizados. Ferramentas como por exemplo tesouras, chaves de fendas, são alguns exemplos de objetos de metal que podem ser magnetizados.

O circuito que apresentamos gera por um curtíssimo espaço de tempo um forte campo magnético numa bobina. Se existir algum objeto magnetizável no interior desta bobina, esse objeto se transforma instantaneamente num ímã. O leitor pode montar o aparelho e fazer experiências com diversos objetos.

 

Características:

• Tensão de alimentação: 110/220 Vc.a.

• Consumo: 5 W ou menos

• Corrente na carga: 1 a 5 A (depende da bobina)

 

Orientação dos ímas elementares num objeto.
Orientação dos ímas elementares num objeto.

 

 

COMO FUNCIONA

No circuito apresentado, um transformador reduz a tensão da rede local para 24 V. Esta tensão é retificada por D1 e via R1 carrega um banco formado por 3 capacitores de elevado valor (ou um capacitor maior, se o leitor preferir).

A carga dos capacitores não demora mais do que 1 segundo, isto quer dizer que tão logo o aparelho seja alimentado, ele já estará pronto para ser usado. O que se faz é então passar a chave S2 para a posição B de modo que ocorra a descarga do capacitor através da bobina Lx.

No interior dessa bobina deve ser colocado o objeto a ser magnetizado. Com a descarga, circula pela bobina por uma fração de segundo uma forte corrente que cria então o campo magnético capaz de orientar os ímãs elementares do objeto em seu interior.

 

Diagrama do magnetizador
Diagrama do magnetizador

 

 

MONTAGEM

Na figura 2 temos o diagrama completo do aparelho.

Como são usados poucos componentes, não é necessária uma placa de circuito impresso. Temos então na figura 3 a disposição dos componentes com base numa pequena ponte de terminais.

A bobina Lx é formada por 50 espiras a 200 espiras de fio esmaltado 28 ou mesmo fio de ligação 22, comum, numa fôrma com diâmetro de 2 cm a 4 cm de modo a permitir a introdução do objeto a ser magnetizado no seu interior.

Uma possibilidade interessante de construção para essa bobina consiste no aproveitamento do enrolamento secundário de qualquer transformador de 6 V a 12 V com corrente de 250 mA ou mais, do qual tenha sido retirado o núcleo. O enrolamento primário permanece desligado.

O transformador deste circuito tem primário de acordo com a rede local e secundário de 12+12 V com 250 mA ou mais de corrente. O diodo admite equivalentes como o 1N4007, e os capacitores eletrolíticos devem ter tensões de trabalho de 40 V ou mais. Se o leitor quiser pode associar mais capacitores de modo a obter uma descarga maior.

A chave S, é de 2 polos x 2 posições que suporte uma boa corrente, já que na descarga o valor instantâneo que a corrente atinge é bem alto, o que será percebido pelo estalo que ocorre nessa operação.

 

PROVA E USO

Para provar o aparelho coloque a chave S2 na posição A e ligue S1. Passando em seguida a chave S2 para a posição B deve ocorrer um forte estalo que indica a descarga dos capacitores. Para usar, coloque a chave na posição A, introduza o objeto a ser magnetizado em Lx e depois, passe a chave S2 para a posição B. Após o estalo o objeto deve estar magnetizado. Se quiser repita a operação algumas vezes para obter maior nível de Magnetização. Se o objeto não for magnetizado isso pode ser devido a natureza do metal que ele é fabricado, não havendo então processo algum que o torne um ímã.