Este artigo é parte da série de livros Como Testar Componentes, onde testes básicos de uma grande quantidade de componentes podem ser encontrados. Os artigos para os demais componentes podem ser encontrados no site de forma esparsa na seção de instrumentação.

 

O que são

Num circuito típico de lâmpada fluorescente, é usado um reator para limitar a corrente na lâmpada etambém gerar a alta tensão necessária a ionização no momento em que ela é ligado, utilizando-se para essa finalidade um starter. Na figura 1 temos o circuito típico de uma lâmpada fluorescente, observando-se que o reator nada mais é do que uma bobina de grande indutância.

 


 

 

 

Essa bobina pode ser testada com os mesmos procedimentos que descrevemos para o caso de indutores, apenas levando-se em conta que se tratam de indutores de grande indutância.

 

O que testar

Temos três possibilidades de teste para esse tipo de componente: podemos verificar a continuidade, medir a indutância ou detectar curtos. Para a continuidade usamos o multímetro ou o indicador de continuidade, para a indutância podemos usar indutímetros ou pontes e para a existência de curtos, um circuito de prova.

 

Instrumentos Usados

• Provador de Continuidade

• Multímetro

• Pontes ou Indutímetros

• Lâmpada de Prova

 

 

A Prova

Existem diversos recursos para se verificar o estado de um reator comum para lâmpadas fluorescentes, assim como qualquer componente indutivo equivalente.

 

a. Provador de Continuidade e Multímetro

O que se faz neste caso é verificar se existe uma eventual interrupção do enrolamento do indutor. Esta prova não revela se existem espiras em curto.

 

Procedimento:

a) Coloque o multímetro numa escala baixa de resistências (Ohms x1 ou ohms x10 se for analógico ou 200/2 000 ohms se for digital). Zere o multímetro se for analógico.

b) Retire o reator do circuito em que se encontra e meça a resistência entre seus terminais.

 

A figura 2 detalha o modo como essa prova deve ser realizada.

 


 

 

 

Interpretação dos Resultados

A resistência medida é baixa mas não nula. O reator apresenta continuidade, mas nada se sabe sobre eventuais curtos. Se a resistência apresentada for muito alta (acima de 50 000 oms) então o reator está aberto. Para prova de curtos será interessante usar a lâmpada de prova. Observe também se não existem sinais de sobreaquecimento, indicando que o componente está em curto.

 

b. Pontes ou Indutímetros

As reatâncias dos reatores usados com lâmpadas fluorescentes são da ordem de vários henry. Uma medida direta pode ser feita com o indutímetro. Esse instrumento também permite saber se o componente se encontra em curto. Pontes de indutâncias como as descritas no ítem em que tratamos dos indutores também podem ser usadas na prova desses componentes.

 

c. Lâmpada de Prova

A lâmpada de prova permite saber se um reator se encontra interrompido, bom ou em curto circuito.

 

Procedimento:

a) Retire o reator do circuito em que ele se encontra e teste sua continuidade com a lâmpada de prova.

b) Observe o brilho da lâmpada. Use uma lâmpada de 5 a 15 W para essa prova.

 

A figura 3 mostra como o teste de reatores com a lâmpada de prova deve ser feito.

 


 

 

 

Interpretação da Prova

A lâmpada acende com briho abaixo do normal ou bem fraco, mas perfeitamente visível. O reator não está abeerto e também não em curto. Se a lâmpada acender com brilho máximo isso indica que o reator está em curto ou tem espiras em curto. Permanecendo apagada, a lâmpada indica que o enrolamento do reator está interrompido.

 

Observação

Sinais comuns de curto circuito podem ser detectados pela simples observação. Se houver enegrecimento, vazamento da substância que veda a biobina ou ainda derretimento dos fios de ligação estamos diante de um reator em curto-circuito.