Nos tubos de raios catódicos (TRC) tanto de osciloscópios como em cinescópios de TV, o feixe de elétrons que forma a imagem precisa ser desviado em sua trajetória para produzir sinais luminosos em determinadas posições.

Os elétrons que são disparados pelo canhão eletrônico são partículas dotadas de cargas negativas, podendo por este motivo ser desviados em sua trajetória tanto por campos elétricos como por campos magnéticos.

Existem, portanto, dois modos de se fazer a deflexão ou desvio dos elétrons disparados para que os mesmos possam incidir em qualquer ponto de tela fluorescente: a deflexão magnética e a deflexão eletrostática.

A deflexão eletrostática é feita por meio de eletrodos paralelos colocados em posição vertical ou horizontal (conforme a deflexão desejada) no interior do tubo de raios catódicos, sendo estes submetidos a tensões cuja polaridade e valor dependem de modificação que se deseja fazer na direção do feixe de elétrons, conforme mostra a figura 1.

 


 

 

Assim, desejando deflexionar io feixe de elétrons para cima, aplicamos uma tensão positiva na placa superior e negativa na inferior.

As placas colocadas horizontalmente são as placas que fazem a deflexão vertical do feixe de elétrons desviando-o para cima e para baixo, enquanto que as placas verticais são as que fazem a deflexão horizontal do feixe de elétrons.

Combinando a ação dos dois conjuntos de placas pode-se levar o feixe de elétrons a incidir em qualquer ponto da tela e portanto a formar qualquer tipo de imagem.

Este tipo de deflexão é usado principalmente nos tubos de raios catódicos dos osciloscópios.

A deflexão magnética é obtida fazendo com que o feixe de elétrons percorra uma região onde haja a ação de um campo magnético, produzido, por exemplo, por uma bobina colocada no pescoço do tubo de raios catódicos. (figura 2).

 


 

 

Observe o leitor que a ação de um campo magnético sobre um feixe de partículas carregadas como os elétrons é diferente da ação de um campo elétrico.

Considerando-se o plano formado pela direção de propagação dos elétrons e pela direção das linhas de força do campo magnético, a força que deflexiona os elétrons é ortogonal a este plano (figura 3).

 


 

 

 

Como, por exemplo, para este tipo de deflexão temos as bobinas colocadas nos pescoços dos cinescópios de televisores denominadas "yokes" as quais são responsáveis por um campo magnético que modifica a direção do feixe de elétrons fazendo-os incidir nos pontos desejados da tela.

Em conjunto com as placas de deflexão eletrostática internas, o yoke faz os elétrons "varrerem" a tela formando linhas paraleleas (ver cinescópios) e com isso a imagem.

 

 

Ver Também

* TRC

* Canhão Eletrônico