Escrito por: Newton C. Braga

Este aparelho pode ser usado no laboratório para experimentos diversos, em estufas para controle de irrigação de plantas, no lar e em muitas outras aplicações interessante. O que ele faz é indicar se uma planta precisa ou não ser regada.

Se o leitor gosta de plantas, faz experiências de botânica ou simplesmente deseja ter um controle eletrônico da umidade dos vasos ou ainda de um jardim, por que não usar um circuito eletrônico para isso?

O que descrevemos não tem nada de complexo já que são usados apenas quatros componentes com um resultado muito bom.

Deixando sensores (pedaços de fios) nos vasos que desejamos controlar, basta fazer a simples ligação do medidor e ter a leitura precisa da umidade da terra. Sugerimos as seguinte aplicações para o circuito:

Controle de experiências no laboratório de botânica

Controle da umidade da terra em vasos, estufas, culturas de minhocas ou mesmo no jardim.

Demonstrações em feiras de ciências ou aulas práticas.

 

FUNCIONAMENTO:

A água pura é isolante e a terra seca também. No entanto se a terra estiver molhada as coisas mudam: os sais minerais que existem na terra se dissolvem e a torna condutora. Tanto mais umidade mais sais se dissolvem e a terra se torna mais condutora.

As próprias empresas de energia elétrica aproveitam este fato enterrando barras de metal que fazem contacto com a terra úmida servindo assim de meio de transmissão de energia elétrica.

Podemos estabelecer portanto uma relação entre a capacidade da terra conduzir a corrente e sua umidade com boa precisão.

É claro que, dependendo dos tipos de solos considerados, podem ocorrer pequenas variações de comportamento, mas de um modo geral, uma leitura de corrente para avaliação da umidade não significa uma diferença comprometedora.

O que fazemos então é "espetar" no solo examinado dois eletrodos que nada mais são do que dois pedaços de fio rígido sem capa conforme mostra a figura 1.

 


 

 

 

Fazendo circular entre eles uma corrente teremos sua indicação por M1. Sendo fixa a distância entre eles e também o tamanho, a corrente praticamente dependerá de um único fator: a umidade.

 

MONTAGEM

Na figura 2 temos o diagrama e a montagem deste aparelho.

 

 


 

 

 

O único componente que pode ser mais difícil de obter é M1. Trata-se de um microamperímetro de 0-200 µA ou próximo disso. Antes de montar o aparelho obtenha o medidor,. Se conseguir, o resto é muito fácil.

Na montagem, o único cuidado a ser observado é em relação à polaridade da pilha e de M1. Se, ao terminar a montagem e provar o aparelho você constatar que a agulha do instrumento tende para a esquerda e não para a direita é só inverter sua ligação.

 

Para a ligação dos eletrodos deixamos dois fios com garras que serão presas ao par de eletrodos. Os eletrodos são construídos conforme mostra a figura 3.

 

 

 


 

 

Será conveniente ter uma boa quantidade de eletrodos para colocar em vasos e canteiros. Recomendamos que eles sejam fixos, justamente para haver um bom contacto com a terra.

A escala do instrumento deve ser estabelecida experimentalmente, partindo-se de um vaso com terra totalmente seca e depois jogando-se água até se obter a terra totalmente encharcada. O ajuste do trim pot ‚ feito de modo que com a terra totalmente molhada tenhamos a corrente máxima em M1.

 

M1 - Microamperímetro 0-200 µA ou equivalente

P1 - 10 k Ω - trimpot

R1 - 1,5 k Ω - resistor - marrom, verde, vermelho

B1 - 1,5 V - 1 pilha pequena

 

Diversos:

Caixa para montagem, garras jacaré, fios, solda, ponte de terminais, fios rígidos para os eletrodos, etc.