Este circuito experimental produz sinais na faixa de 50 MHz a 300 MHz e seu alcance depende tanto da sensibilidade do receptor usado como de sua localização, podendo variar entre algumas dezenas de metros até mais de 1 km.

O circuito pode ser alimentado por pilhas comuns (2 a 4) ou mesmo bateria de 9 V e a modulação é feita com a ajuda de um microfone de eletreto.

Embora o circuito seja crítico quanto à freqüência, se montado com fios curtos e rígidos numa ponte de terminais, e ela for instalada numa caixa plástica que evite a aproximação da mão, a estabilidade será satisfatória para uma operação experimental. Na figura 1 temos o diagrama completo do transmissor diretamente do caderno de notas de Newton C. Braga.

 

  Figura 1 - Diagrama do transmissor de VHF.
Figura 1 - Diagrama do transmissor de VHF.

 

A disposição dos componentes numa ponte de terminais é mostrada na figura 2, desenhada pelo autor.

 

Figura 2- Montagem em ponte de terminais.
Figura 2- Montagem em ponte de terminais.

 

A bobina L1, assim como L2, têm suas características determinadas pela freqüência de operação. O capacitor C3 também depende da faixa de freqüências de operação. A seguinte tabela dá os diversos valores desses componentes.

 

L1 L2 Faixa C3
1 espira 1 espira 200 a 300 MHz 1 pF
3 espiras 2 espiras 120 a 200 MHz  2,2 pF 
4 espiras 3 espiras 80 z 120 MHz 4,7 pF
6 espiras  3 espiras  50 a 80 MHz 10 pF

 

 

As bobinas L1 e L2 são feitas com fio de cobre esmaltado grosso em forma de 1 cm sem núcleo ou mesmo fio comum rígido 22.

A polaridade do microfone de eletreto deve ser observada e todos os capacitores devem ser cerâmicos do tipo disco ou plate.

A antena tanto pode ser do tipo telescópica, no caso ligada ao segundo terminal da ponte, como da forma indicada na figura. Podemos também usar um segundo elemento formando um dipolo. Este dipolo pode ser feito com dois pedaços de fio rígido de 10 a 50 cm de comprimento.

Para testar o aparelho é preciso dispor de um receptor de VHF ou FM que sintonize a freqüência que ele emite. Um receptor super-regenerativo pode ser usado junto com este transmissor de modo a formar um transceptor (walk-talkie).

Ajuste CV1 até obter um sinal na freqüência desejada. Depois experimente o alcance, tomando cuidado para não sintonizar harmônicas.

Os sinais deste transmissor também podem ser captados por televisores na faixa de VHF (canais baixos). Próximo de um televisor e convenientemente ajustado ele pode "tirar do ar" um determinado canal.

Transistores equivalentes podem ser usados. Em lugar do BF494 podem ser usados os 2N2218 que permitem a alimentação com 9 V para maior alcance. Com o BF494 a alimentação máxima deve ser feita com 6 V.

 

 

Semicondutores:

Q1 - BF494, BF495 ou 2N2218 - transistor de RF

 

Resistores: (1/8 W, 5%)

R1 - 4,7 k Ω - amarelo, violeta, vermelho

R2 - 10 k Ω - marrom, preto, laranja

R3 - 6,8 k Ω - azul, cinza, vermelho

R4 - 47 Ω - amarelo, violeta, preto

 

Capacitores:

C1 - 470 nF - cerâmico (474 ou 0,47)

C2 - 10 nF - cerâmico (103 ou 0,01)

C3 - 1 pF a 10 pF - cerâmico (ver tabela)

C4 - 100 nF - cerâmico (104 ou 0,1)

CV1 - Qualquer trimmer de 10 a 50 pF de capacitância máxima

 

Diversos:

L1, L2 - Bobinas - ver texto

S1 - Interruptor simples

B1 - 3 a 9 V - 2 ou 4 pilhas ou bateria de 9 V

MIC - Microfone de eletreto de dois terminais

Ponte de terminais, suporte de pilhas ou conector de bateria, caixa para montagem, antena, fios, solda, etc.