Escrito por: Newton C. Braga

Novas tecnologias estão levando a possibilidade de geração de energia alternativa numa quantidade crescente e com isso a abertura de novas modalidades de negócios envolvendo seu fornecimento e armazenamento. Um tema em alta no momento é o que trata das fazendas de energia e microredes, que deixamos no título do artigo na forma original. Vamos analisar as possibilidades de negócios que se vislumbram para o futuro.

Nota: O artigo foi publicado com base em informações obtidas na Mouser em artigo que pode ser consultado no original no link https://br.mouser.com/applications/new-technology-benefits-microgrids .

 

A geração e o armazenamento de energia tem sido uma preocupação constante em nossos dias. Tecnologias de geração e de armazenamento estão sendo criadas constantemente, com o aumento do rendimento e a redução dos custos a ponto que elas estão se tornando cada vez mais acessíveis ao público comum.

Deixamos de ser simplesmente consumidores e passamos também a ser fornecedores de energia. E, mais do que isso, a cada dia passamos a nos integrar de uma forma mais efetiva na rede de produção e fornecimento de energia de nosso país e de nossa comunidade.

Vamos nos tornar fazendas de energia e fazer parte de microredes de geração e fornecimento de energia num processo que justifica o nome smart grid para o todo que integra todos esses recursos, do gerador (fornecedor) ao consumidor de energia elétrica.

Temos então diversas possibilidades que estão sendo analisadas pelos fornecedores tanto de energia, como dos insumos eletrônicos que vão desde os painéis solares, geradores eólicos, até os dispositivos de integração que tornam a rede uma estrutura única como inversores on e off grid, gerenciadores etc.

 

Microgrid ou microrede

Esta é uma ideia mínima de como podemos ter redes efetivas de produção e consumo de energia, com uma conexão inteligente ou “smart” que leva ao que podemos denominar smart microgrid. Também denominamos “Geração Distribuida”.

Neste caso, podemos ter conjuntos de sistemas geradores tais como painéis solares, geradores eólicos, micro usinas hidroelétricas e outros que formam de produção da energia.

Na parte intermediária desta rede, teremos o sistema de armazenamento que pode incluir as mais diversas tecnologias, indo desde baterias e bancos de supercapacitores até outras menos convencionais como o armazenamento na forma de outras energias como, por exemplo, enchendo uma pequena represa para que gere energia quando se necessite, sistema de ar pressurizado, e até mesmo em “buracos” como exploramos num artigo em nosso site.

E, na parte extrema do sistema temos o consumidor que utilizará esta energia para uso doméstico e até mesmo para seu negócio, por exemplo, numa comunidade formada por fazendas para acionar bombas de água, motores de equipamentos agrícolas etc.

Certamente, ocupando uma posição-chave em tudo isso, teremos um sistema inteligente de gerenciamento da energia, dirigindo cada watt produzido para onde deve ir. Para o consumidor se for exigido ou para o armazenamento, se for excedente. Na figura 1 temos uma ideia de como seria uma smart microgrid.

 

Figura 1 – Uma smart microgrid ou geração de energia distribuída
Figura 1 – Uma smart microgrid ou geração de energia distribuída

 

Veja que o sistema pode ser completamente independente de uma rede de fornecimento de energia maior.

 

Fazendas de Energia

Hoje já temos a possibilidade de implantar em nossas casas sistemas de geração de energia, principalmente energia por painéis fotovoltaicos, que produzem mais energia do que a que usamos normalmente.

Os custos de armazenamento ainda são elevados, pois baterias e supercapacitores não são componentes baratos. No entanto, existe a possibilidade de fornecermos para a distribuidora de energia o excedente.

A energia excedente será computada e seu valor abatido de nossa conta e até pago, se superar nossos gastos. São os sistemas de energia fotovoltaica on-grid, por exemplo, que utilizam inversores que convertem a baixa tensão gerada pelas células em tensão alternada que possa ser aplicada a rede.

 

Figura 2 – On grid
Figura 2 – On grid

 

Mas, a ideia de se fornecer energia a uma distribuidora pode levar a um novo tipo de negócio, interessante em algumas regiões em que a própria distribuidora tem necessidade.

Por exemplo, se você tem uma grande área disponível em sua propriedade rural, pode convertê-la numa “fazenda” geradora de energia, vendendo seu produto, a eletricidade, para a concessionária local.

É um novo tipo de negócio que se afigura viável em futuro breve como os especialistas preveem.

Na figura 3 temos uma ilustração do que seria uma dessas fazendas de energia.

 

Figura 3 – Uma fazenda de energia
Figura 3 – Uma fazenda de energia

 

Novos componentes, novas tecnologias estão chegando. Distribuidores já possuem em sua linha dispositivos e componentes linhas que já permitem a realização de projetos práticos, como inversores, reguladores de tensão, conversores, DC-DC e outros para a criação de produtos para esse mercado.

Sugerimos aos nossos leitores que consultem a linha de produtos para energia alternativa da Mouser Electronics.