Escrito por: Newton C. Braga

Pequenas jóias, peças de metal, chaves e outros objetos podem ser cromeados, adquirindo um novo aspecto. Também podemos usar este aparelho em demonstrações no laboratório de química. A montagem é muito simples e os componentes usados são comuns.

A galvanoplastia consiste no processo segundo o qual podemos depositar uma fina camada de metal num objeto usando para esta finalidade uma corrente elétrica.

Fazendo a corrente circular através de uma solução que contenha sais do metal que se deseja depositar, a corrente transporta esse metal na forma de íons e os deposita no objeto.

Com uma corrente controlada e sais apropriados podemos cromear, dourar, pratear ou trabalhar com qualquer outro metal.

O circuito que descrevemos neste artigo é uma fonte de corrente que pode ser usada neste processo de forma segura.

No laboratório de química, a mesma fonte poderá ser usada em outros experimentos de eletroquímica como, por exemplo, eletrólise.

 

O circuito

O que descrevemos é uma fonte de alimentação que fornece uma corrente algo intensa, que pode chegar a 1 A e que é forçada a circular numa cuba onde existe a solução eletrolítica e o objeto a ser recoberto de metal.

No nosso caso, para cromear, a solução consiste em ½ litro de água com 120 g de ácido crômico e 1 g de ácido sulfúrico.

A fonte utiliza um pequeno transformador, dois diodos para a retificação e um capacitor para a filtragem.

Após o capacitor podemos selecionar um entre dois resistores que determinarão a corrente que vai circular pela cuba.

Estes resistores são importantes, pois eles limitam a corrente em caso de curto ou algum outro problema, não sobrecarregando a fonte.

 

Montagem

Na figura 1 temos o diagrama completo da fonte para cromeação

 

   Figura 1 –Diagrama para a fonte de cromeação
Figura 1 –Diagrama para a fonte de cromeação

 

Como se trata de circuito simples, a montagem pode ser feita utilizando-se uma pequena ponte de terminais, como mostra a figura 2.

 

   Figura 2 – Montagem
Figura 2 – Montagem

 

O transformador tem secundário de 6 a 12 V com corrente de 1 A.

Podem ser utilizados transformadores com correntes menores, mas neste caso R1 e R2 devem ser suas resistências aumentadas proporcionalmente.

Os resistores são de fio e o restante do material não oferece maiores dificuldades para obtenção.

O eletrodo positivo é uma chapa de chumbo de aproximadamente 5 x 10 cm.

Outras soluções para prateação, cobreação, douração podem ser encontradas neste site na nossa “fonte galvanoplástica” (ART249).

 

D1, D2 – 1N4002 – diodos de silício

T1 – Transformador – ver texto

F1 – 1 A – fusível

C1 – 1 000 µF x 25 V – capacitor eletrolítico

S1 – Interruptor simples

S2 – Chave de 1 pólo x 2 posições

R1 – 4,7 Ω x 5 W – resistor de fio

R2 – 15 Ω x 5 W – resistor de fio

Diversos:

Cabo de força, caixa para montagem, cuba ou frasco de vidro, placa de chumbo, material para a solução, cabo de força, ponte de terminais, suporte para o fusível, etc.