Este circuito amplifica os sinais recebidos por uma antena de TV, FM ou VHF fornecendo um ganho de aproximadamente 50 vezes, o que corresponde a cerca de 16 dB. Trata-se de circuito ideal para localidades que recebem sinais fracos nestas faixas.

Para localidades longe de emissoras de TV e FM, ou ainda para radioamadores da faixa de VHF que desejam tirar o máximo de seus receptores, o uso de um booster de antena é importante.

O booster que apresentamos fornece uma boa amplificação para os sinais captados entre 50O e 150 MHz, podendo, pois, operar com os canais baixos de TV, faixa de FM e ainda VHF, incluindo radioamadores, aviação e alguns serviços públicos.

O circuito tem dois transistores, sendo um bipolar e outro de efeito e campo, e seu consumo de corrente e extremamente baixo, o que permite retirar sua alimentação da própria fonte que alimenta o receptor ou ainda de baterias.

A corrente exigida pelo circuito é da ordem de apenas 5 mA.

O circuito tem dupla sintonia, o que permite ajustá-lo para o melhor ganho na frequência sintonizada. Indicamos o uso de trimmers nesta função, mas para maior facilidade de uso com receptores que sintonizam várias frequências, eles podem ser trocados por capacitores variáveis. As bobinas também dependem da faixa de frequências a ser reforçada.

 

Características:

Tensão de alimentação: 9 a 15 V

Corrente (12): 5 mA (tip)

Ganho de sinal: 16 dB

Faixa de frequências: 50 a 150 MHz

 

Reunindo dois transistores, sendo um de efeito de campo e outro bipolar, na configuração denominada "em cascata", temos a possibilidade de chegar a um bom ganho com baixo nível de ruído.

Os sinais que chegam da antena são então entregues ao circuito via L4/L4.

L4, juntamente com CV2, formam um primeiro circuito sintonizado cuja finalidade é deixar chegar à comporta do transistor de efeito de campo apenas os sinais das frequências que desejamos amplificar.

O ganho elevado do circuito deve-se a realimentação proporcionada pelos transistores em cascata. Temos então, no coletor de Q1, o sinal amplificado aparecendo sobre o circuito sintonizado formado por L1 e CV1.

Este circuito transfere para o receptor apenas os sinais das frequências desejadas.

R1 e R2 polarizam a base de Q1, enquanto C1 faz o seu desacoplamento para os sinais de altas frequências.

Na figura 1 temos o diagrama completo do booster.

 

Figura 1 – Diagrama completo do booster
Figura 1 – Diagrama completo do booster

 

Na figura 2 a disposição dos componentes numa placa de circuito impresso.

 

Figura 2 – Placa de circuito impresso para a montagem
Figura 2 – Placa de circuito impresso para a montagem

 

As bobinas têm as características indicadas na tabela 1, conforme a faixa de sinais.

 


 

 

Elas devem ser enroladas numa forma de 1 cm de diâmetro, com fio 22 AWG e sem núcleo (auto-sustentadas). Para L1/L2e L3/L4 as bobinas são enlaçadas.

O booster deve ser intercalado entre a antena e o receptor, utilizando-se para esta finalidade cabo blindado ou fita de 300 ohms bem curtos.

Na figura 3 temos uma fonte de alimentação que pode ser usada para este circuito.

 

Figura 3 – Fonte de alimentação para o circuito
Figura 3 – Fonte de alimentação para o circuito

 

O transformador tem secundário de 9 a 12 V com corrente de pelo menos 50 mA. Os eletrolíticos são para 25 V e o choque de RF (XRF) é de 470 uH.

Lembramos que se o nível de sinal que chega a uma antena for muito baixo, pode haver superposição de ruído, que também será amplificado. Neste caso, o booster não é a solução para uma melhor recepção: deve-se pensar numa antena melhor localizada ou de maior ganho.

 

Semicondutores:

Q1 - BF494 ou equivalente transistor NPN de RF (podem ser experimentados

tipos de maior ganho e menor ruído)

Q2 - BF245 - FET de junção (JFET)

 

Resistores (1/8 W, 5%):

R1 – 220 ohms

R2 - 4,7 k ohms

R3 - 5,6 k ohms

R. - 47 ohms

 

Capacitores:

C1 - 1,5 nF - cerâmico

C2 - 1 nF a cerâmico

C3 -1 nF a 10 nF - cerâmico

CV1, CV2 - 5-50 pF - trimmers

 

Diversos:

L1, L2, L3, L. - Bobinas – ver texto