O circuito apresentado fornece de 400 a 450 V contínuos na saída se alimentado pela rede de 110 V e o dobro, ou seja, entre 800 e 900 V, se alimentado pela rede de 220 V. Podemos usá-lo na alimentação de circuitos eletrônicos especiais que exijam tensões elevadas.

O circuito apresentado multiplica por 3 o valor de pico da tensão alternada aplicada na entrada.

A corrente máxima, da ordem de algumas centenas de miliampères, depende dos capacitores usados.

Podemos usar esta configuração como fonte para circuitos valvulados ou ainda em aplicações especiais que exijam elevadas tensões contínuas de alimentação.

Dependendo da corrente exigida pela carga os capacitores podem ter valores entre 10 e 100 uF.

Observe, entretanto, que este circuito não é isolado da rede, o que deve ser considerado em qualquer aplicação.

Podemos, entretanto, melhorar l este ponto, acrescentando segurança para o circuito, com a utilização de um transformador de isolamento na entrada.

A mesma .configuração também poderá ser usada com tensões alternadas menores que a da rede, obtidas de secundários de transformadores, caso em que o valor de pico também será multiplicado por 3.

 

Característica:

Tensão de entrada: 110/220 Vca.

Tensão de saída: 400 a 450 Vcc (110 V)

Tensão de saída: 800 a 900 Vcc (220 V)

Correntes de saída: 20 a 200 mA (tip)

 

 

COMO FUNCIONA

Os diodos e os capacitores formam um circuito em que num semiciclo os capacitores são carregados em série, e no outro descarregados na carga, de modo que suas tensões se somam.

A carga dos capacitores vai determinar a corrente máxima disponível na descarga e, portanto, o que pode ser alimentado pelo circuito.

Para baixas correntes de carga podemos usar capacitores pequenos (entre 10 e 30 uF), mas para as cargas maiores os capacitores devem ser de valores mais altos, até uns 200 uF, por exemplo.

Um problema que pode ser notado é que a corrente instantânea no momento em que o circuito é ligado é muito alta, pois os capacitores, estando completamente descarregados, se comportam como verdadeiros curto-circuitos.

Se isso tender a queimar o fusível ou a provocar faíscas na chave que liga e desliga o aparelho, podemos reduzir o problema com a ligação, em série com F1, de um resistor de 47 ohms x 1 W.

Na rede de 220 V este resistor pode ser maior, por exemplo de 100 ohms x 1 W.

A finalidade deste componente é limitar a corrente no circuito a 2 A pela fração de segundo em que ocorre a carga dos capacitores.

 

MONTAGEM

Na figura 1 temos o diagrama completo do aparelho onde é de extrema importância observar a polaridade tanto dos diodos como dos capacitores eletrolíticos.

 

Figura 1 – Diagrama do triplicador
Figura 1 – Diagrama do triplicador

 

Na figura 2 temos a disposição dos poucos componentes numa ponte de terminais.

 

Figura 2 – Montagem em ponte de terminais
Figura 2 – Montagem em ponte de terminais

 

Fazendo parte de outras montagens, entretanto, podemos ter uma melhor disposição em uma placa de circuito impresso.

Os capacitores e os diodos dependem da tensão de alimentação.

Para a rede de 110 V podem ser usados os diodos 1N4004 ou 1N4007, e os eletrolíticos devem ter tensões de trabalho de pelo menos 250 V.

Para a rede de 220 V os diodos devem ser os 1N4007, e os eletrolíticos devem ter tensões de trabalho de 450 V ou mais.

Os valores dos eletrolíticos podem ficar tipicamente entre 10 uF e 100 uF, conforme a corrente exigida pelo circuito de carga.

 

D1, D2, D3 - 1N4004 ou 1N4007 - diodos de silício - ver texto

C1, C2, C3 – 10 a 100 uF- eletrolíticos para 250 ou 450 V - ver texto

F1 - fusível de 5 A

 

Diversos:

Ponte de terminais, suporte para fusível, fios, solda, etc.