Um pequeno instrumento que realiza de forma simples e direta os testes de transistores, indicando com precisão o seu tipo (NPN ou PNP), além de informar o estado em que se encontram (bom, aberto ou em curto). Testa diodos e leds, indicando seu estado (bom, aberto ou em curto) e identificando seus terminais (anodo e catodo). Ideal para quem não possui um multímetro ou um equipamento profissional para testes desses componentes ou verificação de continuidade. – Aldoberto Lopes (Eccel Eletrônica – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. )

O circuito da figura 1 é um multivibrador astável (oscilador), utilizando dois transistores (Q1 e Q2) que operam em estados opostos, ou seja, quando um está na saturação o outro está no corte, e vice-versa.

 

Figura 1
Figura 1

 

 A partir dos potenciais dos coletores desses transistores é que se formam os terminais de testes do instrumento. Do coletor de Q1 é “puxado” o terminal E-K (E de Emissor - para transistor; K de Catodo - para diodo e LED).

No coletor de Q2, dois LEDs, um verde (L2) e outro vermelho (L1), são ligados em paralelo, mas com polaridades opostas, e deles “sai” outro terminal de teste: C-A (C de Coletor - para transistor; A de Anodo - para diodo e LED).

Ainda no coletor de Q2, está ligado o resistor R5, que tem o terminal livre marcado por B (de Base). Para entender essas marcações, vamos exemplificar o uso das mesmas, começando pelo teste de um diodo comum.

 Para testar um diodo, devemos ligar o seu catodo com o terminal do instrumento marcado por K e o seu anodo com o terminal do instrumento marcado por A.

Quando o coletor de Q2 estiver com potencial alto, o coletor de Q1 estará com 0 V, portanto, nesse instante teremos o diodo conduzindo, passando corrente elétrica pelo LED L2 (verde), que irá acender.

Quando o oscilador inverter os potenciais nos transistores (coletor de Q2 com 0 V e coletor de Q1 com potencial alto),como o diodo ficará reversamente polarizado, não circulará corrente e nenhum dos LEDs acenderá.

Como a frequência do oscilador é alta, comparada à de resposta da nossa visão, iremos enxergar o LED L2 permanentemente aceso, no entanto, na realidade ele estará “piscando” muito rapidamente, sem que no entanto percebamos.

Se o diodo estiver em curto, não bloqueará a corrente do sentido inverso, e os dois LEDs irão acender, indicando a inutilidade do componente. Se nenhum dos LEDs acendesse, o diodo estaria aberto, e também inutilizado.

 Se apenas o LED vermelho acendesse, em vez do verde, o diodo estaria ligado com os terminais invertidos (anodo no terminal K e catodo no terminal A do provador).

 No teste de transistores, a única diferença é a inclusão de um terminal destinado à base, marcado por B, para polarização do transistor em teste.

 Por exemplo, vamos analisar o teste de um determinado transistor do qual só se conhece a identificação de seus terminais. Primeiramente um transistor PNP.

 Com o emissor ligado ao terminal E e o coletor ao terminal C de teste, assim que o terminal B for ligado à base,via S1 o LED L1 acenderá, já que o transistor entrará em condução quando no oscilador o potencial do coletor de Q1 for alto e o do coletor de Q2 baixo. Assim, o LED L1 (vermelho) indicará que o transistor é PNP.

 Se for um transistor NPN, o LED L2 é que deverá acender, indicando o bom estado do transistor e o seu tipo.

 Se o LED acender com pouco brilho ou não acender, o transistor estará com ganho baixo ou aberto.

 Se os dois LEDs acenderem, o transistor estará em curto.

 Para ter certeza de que o transistor foi ligado na posição correta, basta deixar a base aberta (sem ligação), quando então nenhum LED deverá acender.

 Para facilitar essa tarefa pode ser utilizado um interruptor de pressão normalmente aberto para S1 (do tipo push-button - não incluído no kit) em série com o resistor de base. A base só seria polarizada quando o interruptor fosse pressionado.

 Se com a base aberta um dos LEDs acender, é sinal que a ligação dos terminais do transistor não coincide com a demarcada nos terminais de teste (E e C), ou o transistor apresenta uma fuga elevada entre coletor e emissor.

 No teste de continuidade, que pode ser de uma lâmpada, fiação ou circuito impresso, utiliza-se os mesmos terminais de teste para diodos.

 No caso afirmativo de condução, ambos os LEDs devem acender.

Para a montagem, a figura 2 traz o lay-out da placa de circuito impresso em tamanho natural.

 A alimentação do circuito pode estar na faixa de 6 a 9 V, devendo ser desligada por uma chave (S2 - não incluída) quando o aparelho não estiver em uso. Desejando, utilize um jumper nos furos da placa destinados a S2, e retire as pilhas ou bateria quando o circuito não for usado.

 

Figura 1
Figura 2

 

Na foto, o kit dispobilizado pela Eccel.

 

 

Figura 3
Figura 1

K007 - Provador Automático

http://www.eccel.com.br/eletronica/catalog/product_info.php/products_id/37

 

 

 

TESTE DE LEDS E DIODOS 

APENAS LED VERDE ACESO: diodo ou LED bom; polaridade coincide com a marcação dos terminais de teste.

APENAS LED VERMELHO ACESO: diodo ou LED bom; polaridade invertida - catodo ligado ao terminal A e anodo ao terminal K.

NENHUM LED ACESO: diodo ou LED aberto - inutilizado

AMBOS OS LEDS ACESOS: diodo em curto - inutilizado

 

PROVA DE CONTINUIDADE

NENHUM LED ACESO: não condução ou alta resistência.

AMBOS OS LEDS ACESOS: condução de corrente

 

Semicondutores

Q1, Q2 - BC547 ou BC548 - transistor NPN

L2 - led verde de 3 mm

L1 - led vermelho de 3 mm

Resistores

R1, R2 - 1k Ω (marrom, preto, vermelho)

R3, R4 - 47k Ω (amarelo, violeta, laranja)

R5 - 10k Ω (marrom, preto, laranja)

Capacitores

C1, C2 - 100 kpF – capacitor cerâmico ou de poliéster mini

Diversos

S1 - Interruptor push button N.A.

S2 - Chave H-H mini

Suporte de pilhas ou clip para bateria de 9 V

Placa de circuito impresso

Pilhas ou bateria de 9 V