Este projeto foi realmente um sucesso na época em que foi publicado. Não tínhamos os mesmos recursos de hoje e a possibilidade de se ativar um gravador pelo som ambiente era uma novidade. Com base em circuitos denominados vox que começavam a aparecer em publicações estrangeiras, criei o Disparador Sônico. Veja a estória deste artigo.
O artigo foi capa da Revista Saber Eletrônica número 60 de julho de 1977. Conforme podemos ver, naquela época um equipamento de alta tecnologia comum era o gravador-tocador de fitas cassete.
Esse tipo de gravador possuía um jaque para microfone externo duplo, em que se podia controlar o interruptor de acionamento. Para os que não possuíam esse recurso, era possível deixar o gravador na posição “record” (gravação) e fazer uma “gambiarra” interrompendo internamente os fios das pilhas e ligando-os ao circuito.
Como fazer a conexão do simples circuito era mostrado no artigo.
Fizemos uso de um SCR, o que trazia um pequeno problema. Uma vez acionado, o circuito não desligava, precisando da intervenção do operador.
Mas, era interessante, pois ele poderia ser deixado em “espera” para gravar as conversas de pessoas que entrassem no ambiente em que ele estivesse instalado.
A montagem, como sempre, era dada em duas versões. A ponte de terminais era simples, pois poucos componentes eram utilizados. O microfone usado era do tipo piezoelétrico, pois os microfones de eletreto eram poucos comuns na época.
É claro que, em espionagem não era uma solução muito cômoda pelo tamanho do gravador, mas alguns detetives particulares nos escreveram na época pedindo “aperfeiçoamentos”.
A ideia de se usar recursos eletrônicos em espionagem era interessante, tanto que programamos outros projetos para a finalidade. Já tínhamos o microtransmissor de FM e fazer mais seria interessante.
E fizemos, tanto que depois de algum tempo publicamos um livro sobre espionagem o qual se encontra hoje para download gratuito em nosso site
Se você quer montar o circuito, ele se encontra como Disparador Sônico (ART2783) em nosso site.
