O ponto da curva característica em que um transistor é polarizado determina o modo de operação e a classificação dos diversos tipos de amplificadores. Na figura abaixo temos as curvas com os sinais de entrada e saída. As classes acima são ainda subdivididas em sub-classes conforme se segue:
Classe A1
Polarização: no centro da curva característica.
Variação do sinal de entrada: confinado ao setor linear da curva característica
Corrente circulante pelo coletor: no ciclo completo
Performance: saída sem distorção, baixo rendimento na conversão de potência, alto ganho.
Eficiência da ordem de 25% no máximo.
Classe A2
Polarização: um pouco acima da região linear da curva característica.
Variação do sinal de entrada: se aproxima do ponto de saturação superior da curva.
Corrente circulante pelo coletor: no ciclo completo
Performance: quase sem distorção na saída, baixo ganho mas um rendimento melhor do que na classe A1 na conversão de energia.
Classe AB1
Polarização: um pouco abaixo do centro da curva característica.
Variação do sinal de entrada: passa um pouco para baixo do ponto em que ocorre o corte.
Corrente circulante no coletor: pequena parte do semiciclo negativo é cortada.
Performance: na saída em push-pull, temos uma pequena distorção. O ganho é baixo, mas o rendimento na conversão de energia é melhor do que na classe
A2.
Classe AB2
Polarização: no centro da curva característica
Variação do sinal de entrada: se estende para o ponto de corte inferior e para o ponto superior de saturação.
Corrente circulante no coletor: parte do semiciclo negativo do sinal é cortado.
Performance: leve distorção harmônica na operação em push-pull. Baixo ganho porém maior eficiência na conversão de energia, do que a obtida na classe
AB1.
Classe B1
Polarização: próxima da curva inferior da característica.
Variação do sinal de entrada: se estende para abaixo do ponto de corte inferior da curva característica.
Corrente circulante no coletor: corta grande parte do semiciclo negativo.
Performance: pequena distorção harmônica em push-pull.
Ganho menor que em classe AB2, porém com muito mais eficiência, com um rendimento da ordem de 78,5% no máximo.
Classe B2
Polarização: perto do ponto inferior da curva característica
Variação do sinal de entrada: passa do ponto inferior de saturação e vai além do ponto superior de saturação.
Corrente circulante no coletor: corta grande parte do semiciclo negativo e uma pequena parte do semiciclo positivo.
Performance: alguma distorção harmônica na operação em push-pull. Menor ganho mas alto-rendimento, maior que na classe B1.
Classe C
Polarização: abaixo do limite inferior da curva característica.
Variação do sinal da entrada: vai para abaixo do limite inferior da curva e acima do limite superior de saturação.
Corrente circulante no coletor: corta todo o semiciclo negativo e parte do semiciclo positivo.
Performance: razoável distorção harmônica, baixo ganho e alto rendimento na conversão de energia, 80% no máximo.
Obs.: os mesmos tipos de classificação são também válidos para amplificadores com válvulas.