Voltamos a 1977 com duas revistas que abordaram as aplicações de um mesmo projeto. Na Revista Saber Eletrônica 64 de novembro/dezembro, abordamos a construção de um pequeno amplificador de áudio e na edição seguinte de janeiro de 1978 demos diversas aplicações adicionais deste pequeno projeto. Neste artigo contamos a história desse projeto.

 


 

 

Naquela época, montar um bom e potente amplificador de áudio exigia habilidade e tinha custos. Assim, para os estudantes, iniciantes e makers da época ter acesso a um simples, mas bom amplificador que pode ser usado em aplicações gerais era um desafio.

Percebemos isso com a ideia de dar algo mais, algo que até então ninguém havia feito. Além da placa de circuito impresso presa à capa da revista, daríamos a opção de na mesma placa termos um amplificador com diversas seleções de componentes.

Isso facilitava, pois os transistores usados poderiam ser aproveitados de outros aparelhos ou então obtido numa loja que tivesse um estoque limitado de componentes.

E, pela sua simplicidade, poderia ser montado com muita facilidade. Bastava ter algumas ferramentas básicas e um bom ferro de soldar.

Como era de se esperar foi mais um grande sucesso. Muitos montaram esse pequeno amplificador aprendendo sobre seu princípio de funcionamento assim como utilizando-o em suas aplicações básicas que exploramos na edição 64 e na 65.

O circuito consistia num amplificador de 4 transistores com etapa de saída complementar fornecendo potências que chegavam a 2W dependendo da alimentação e dos transistores usados.

Na figura 1 a pequena placa de circuito impresso fornecida com os pontos de soldagem.

 

Figura 1 – A placa de circuito impresso
Figura 1 – A placa de circuito impresso

 

Na época um pacote com os componentes estava à venda pelo correio.

Não foram poucos os que montaram este projeto, que surpreendia pelo desempenho na época.

É claro que a utilização de uma plaquinha pequena trazia algumas dificuldades de montagem. Era comum os leitores que chegavam na editora com suas montagens feitas com ferros de soldar de 100W ou mais, praticamente derretendo os componentes e espalhando solda.

Mesmo os mais cuidadosos, chegavam as vezes com os transistores trocados, o PNP pelo NPN na saída ou ainda com os terminais invertidos.

No artigo original era dado um passo-a-passo bem detalhado para evitar esse tipo de problema.

Tínhamos ainda aqueles que desejavam obter muito mais potência do que o circuito poda fornecer e os alimentado com tensão mais alta que a indicada acabavam por queimá-lo.

Mas foi um sucesso.