Este é um tipo de circuito que admite uma infinidade de configurações. O que destacamos é o projeto que foi publicado na Revista Saber Eletrônica 61 de agosto de 1977. Com uma configuração relativamente simples usando dois transistores ele tinha um excelente desempenho, podendo ser montado até hoje.

 

Excitador de nervos
Excitador de nervos

 

Com destaca numa chamada de capa, este circuito tinha uma pegada didática, o que já fazia parte da linha editorial da revista, se bem que o conselho não gostava da ideia. Achava que a revista devia ser dirigida apenas a profissionais. Logo perceberam que a pirâmide dos leitores é mais ampla em sua base.

Além disso, sempre nos debatemos que é importante ensinar a partir de camadas mais inferiores, pois quando os seus elementos atingirem as camadas superiores vão se lembrar do que aprenderam conosco, dos nossos anunciantes e tudo mais. É o que vemos hoje, muitos anos depois.

O projeto descrito naquele artigo nada mais era do que um pequeno inversor de potência que elevava a tensão de um conjunto de pilhas de modo a se obter o suficiente para excitar os nervos das pessoas (dar choques) ou ainda para experimentos de biologia.

Fizemos uso de dois transistores na configuração Darlington, alimentados por pilhas, mas também fornecemos uma fonte isolada a partir da rede de alimentação.

O circuito era seguro, e produzia tensões que poderiam facilmente superar os 150 V, se bem que a corrente era muito baixo e havia um ajuste de intensidade da descarga.

Como sempre, em projetos desse tipo, que poderiam ser montados por professores de ciências, sem um conhecimento maior de eletrônica ou recursos de montagem, optamos pelo uso da ponte de terminais.

Não tivemos problemas com os leitores, a não ser algumas consultas de alguns maldosos que desejavam eletrificar objetos como fechaduras de portas para “dar choques” nos amigos. Tudo bem, mas o que eles queriam realmente era aumentar a potência do aparelho...

Como sempre, a maioria achava que basta trocar os transistores ou usar mais pilhas.