Você já ouviu falar dos Resistors “osso de cachorro” ou “dog boné”. Se você é dos velhos tempos da eletrônica, tem mais de 60 anos, ou se restaura rádios e outros aparelhos valvulados antigos então deve conhecer esses resistores. Mas, você sabe ler seu código de valores? Neste artigo mostramos como fazer isso, o que é importante principalmente se você é novato na restauração de equipamentos antigos.

Os equipamentos das décadas de 20, 30 e 40 usavam um tipo de resistor que empregava o código criado em 1922 para especificar as características dos componentes através de cores.

Esse código evoluiu posteriormente para o uso não apenas nos resistores modernos, mas também em muitos outros componentes.

Na figura 1 temos este tipo de resistor de carbono. Como os demais tipos, a dissipação depende do tamanho. Dissipações típicas de 2 W eram comuns.

 

Figura 1 – resistores Dog Bone
Figura 1 – resistores Dog Bone

 

 

Observe que esses resistores tinham diferentes cores para o corpo que fazem parte do código e também pinta e cabeça com cores diferentes. Temos então na figura 2, os códigos possíveis.

 

 Figura 2 – Os códigos
Figura 2 – Os códigos

 

A ordem de leitura é Corpo – Cabeça – Pinta e para os de tolerância menor que 20% (10 ou 5%) temos a extremidade prata ou dourada.

Como apenas essas cores podem ser usadas neste caso, sabemos que se trata da quarta especificação: tolerância.

A leitura então é feita do seguinte modo:

Tomando o resistor de 20% da figura 1 temos:

Corpo vermelho – 2

Cabeça verde – 5

Pinta amarela – multiplicador – 0000

Valor formado: 250 000 ohms

Não há ponta prateada ou dourada então a tolerância é 20%.

Para o segundo resistor:

Corpo azul – 6

Cabeça cinza – 8

Pinta marrom – multiplicador – 0

Valor formado: 680 ohms

Pinta da tolerância prateada: 10%