Um artigo com este nome, nos anos 70 certamente seria muito atraente. Foi o que ocorreu quando colocamos na Revista Saber Eletrônica 74 de outubro de 1978 um detector de mentiras. Veja neste artigo a história deste projeto.

 


 

 

Numa época tensa, com polícia e outros órgãos em atividade constante, a curiosidade sobre este tipo de aparelho era grande. Mostramos numa reunião de pauta que poderíamos incluir um detetor de mentiras na edição seguinte, pois existem versões muito simples do aparelho.

Expliquei o princípio de funcionamento e que a detecção, na verdade, dependia muito mais do interrogador do que do aparelho. O aparelho simplesmente respondia à variações da resistência da pele e existiam muitas maneiras de se fazer isso.

Optei então por um circuito simples que poderia ser montado com muito facilidade: o som produzido seria alterado em função da resistência da pele do interrogado.

A exigência do conselho de redação foi que eu deixasse tudo isso bem claro no artigo. Foi o que fiz e assim saiu o projeto de um detetor de mentiras cuja foto do protótipo está na figura 1.

 

 Figura 1 – O protótipo
Figura 1 – O protótipo

 

 

O circuito era simples, podendo ser montado até mesmo em nossos dias, pelos componentes que utiliza.

Um oscilador com transistor unijunção controlado por um transistor comum ligado a um sensor. O sensor era formado por duas chapinhas de metal nas quais o interrogado deveria apoiar os dedos.

O sinal gerado, que tem a frequência de acordo com a condução da pele do interrogado era aplicado a dois transistores amplificadores e então levado a um pequeno alto-falante.

A montagem era indicada para ponte de terminais e placa de circuito impresso. Hoje temos a possibilidade adicional da montagem em matriz de contatos. Uma montagem didática que pode ser indicada aos professores de tecnologia.

O circuito fez certo sucesso, porque certamente existem as pessoas que acham que o circuito é infalível e fácil de uso, se bem que isso tenha sido deixado bem claro no artigo. Alguns queriam uma nova versão “infalível” o que explicamos que nem mesmo a polícia tem.

Mas, como brincadeira ou montagem experimental, o artigo agradou.

Se quiser saber mais vá ao artigo original do site em: Detector de Mentiras (ART2737).