As lâmpadas fluorescentes além de produzem luz mais agradável em ambientes que exigem bom nível de iluminação e maior destaque das cores dos objetos como em lojas e vitrines, proporcionam uma economia considerável de energia. Veja neste artigo como instalar lâmpadas fluorescentes.

O rendimento de uma lâmpada fluorescente é muito maior do que uma lâmpada comum incandescente. Isso significa que podemos obter a mesma quantidade de luz uma lâmpada fluorescente gastando até menos da metade do que gastamos se usarmos uma lâmpada comum, conforme mostra a figura 1.

 


 

 

 

No entanto, antes de optar por uma lâmpada fluorescente num ambiente também precisamos levar em conta o custo da instalação e o tempo em que ela vai ser usada.

 

O que ocorre é que, gastando menos a lâmpada fluorescente exige uma instalação mais cara (exige reator, e um starter) enquanto que para a lâmpada comum só precisamos de um soquete de baixo custo.

 

Assim, se vamos iluminar um local em que a lâmpada fica acesa por pouco tempo ou que não se necessita de iluminação de excelente qualidade e em grande intensidade a lâmpada comum incandescente ainda é a melhor. No entanto, se é um lugar que necessita de iluminação intensa, por longos períodos de tempo, compensa o investimento em fluorescente tanto pela economia de energia como pela qualidade da iluminação.

 

Os principais locais em que recomendamos o uso de lâmpadas fluorescente são:

* Bancadas de trabalho

* Oficinas

* Lojas

* Vitrines

* Cozinhas

* Escritórios

 

Veja que a iluminação mais suave de uma lâmpada incandescente comum ainda a torna melhor para ambientes mais íntimos como dormitórios, salas de estar, varandas, etc.

 

 

INSTALAÇÃO

 

Para que uma lâmpada fluorescente acenda é preciso que no momento em que o interruptor geral seja fechado seja aplicada uma tensão bem maior do que a fornecida pela rede de energia.

 

Isso ocorre porque o gás do interior da lâmpada possui uma elevada tensão de ionização. No entanto, uma vez que esta tensão seja estabelecida e a lâmpada comece a conduzir, para mantê-la em condução, uma tensão menor, como a fornecida pela rede de energia e suficiente.

 

Assim, o que se faz num circuito de lâmpada fluorescente é agregar um reator e um starter conforme mostra a figura 2.

 


 

 

 

Quando o interruptor é fechado, circula uma forte corrente pelo reator e do filamento da lâmpada passando pelo starter que possui um elemento térmico.

 

Com o aquecimento do elemento térmico o starter abre seus contatos e a corrente é interrompida. O resultado disso é que o campo magnético do reator tem suas linhas de força contraindo em alta velocidade o que gera um pulso de alta tensão entre os terminais da lâmpada.

 

Este pulso pode ultrapassar os 600 volts, mesmo numa rede de 110 V o que é suficiente para ionizar o gás no interior da lâmpada levando-a à plena condução e ao acendimento, conforme mostra a figura 3.

 


 

 

 

Com a entrada da lâmpada em condução a corrente que passa através dela e do reator é suficiente para mantê-la acesa.

 

Ocorre, entretanto, na maioria das vezes, que a lâmpada não acende no primeiro pulso precisando haver "novas tentativas" de se chegar à plena ionização. Isso é faz com que o starter abra e feche seus contatos algumas vezes gerando pulsos de alta tensão para a lâmpada. A ionização da lâmpada com estes pulsos é que faz com que ela dê algumas piscadas antes de acender.

 

Se a lâmpada estiver muito fraca ou se existir algum outro problema no circuito, a lâmpada pode permanecer piscando constantemente sem que seja possível obter a plena ionização. Teremos então o efeito desagradável das lâmpadas fluorescentes que piscam, piscam, mas não acendem.

 

Num caso como este nem sempre precisamos apenas trocar a lâmpada. O starter tem também seus contatos gastos pela alta corrente e tensão com que trabalha, devendo ser trocado juntamente com a lâmpada.

 

A instalação mais simples de lâmpada fluorescente é a mostrada na figura 4, que é a que tomamos como exemplo e que usa apenas um starter e um reator.

 


 

 

 

O reator e o starter são adquiridos de acordo com a potência da lâmpada.

 

Na figura 5 mostramos como é feita a disposição física dos elementos usados nesta instalação.

 


 

 

 

Observe que o reator fica oculto sob a luminária em que está a lâmpada fluorescente (se usada) e o starter tem seu acesso por meio de pequena abertura. O starter é encaixado num suporte de maneira muito simples: colocamos e damos meia volta de modo que ele se prenda aos terminais.

 

Na figura 6 temos um exemplo de circuito em que um único reator é usado para duas lâmpadas fluorescentes.

 


 

 

 

Um tipo interessante de lâmpada é a de partida rápida que dispensa o uso do starter.

 

Neste caso o reator é ressonante na frequência da rede de energia de modo a gerar a alta tensão logo nos primeiros ciclos da tensão da rede dispensando assim a abertura e fechamento rápido dos contatos externos.

 

Na figura 7 temos um circuito desse tipo.

 


 

 

 

Para o instalador os principais cuidados que devem ser tomados são:

* Usar reator e starter (se exigido) com dimensionamento de acordo com as lâmpadas que devem ser acesas.

* Isolar bem as ligações do sistema, principalmente os pontos de conexão do reator e dos terminais da lâmpada.

* Prender bem o suporte das lâmpadas ou a luminária para que não haja perigo do conjunto cair.

* Encaixa bem a lâmpada e o starter para que haja contacto perfeito e também não ocorra perigo da lâmpada cair.

* Usar lâmpadas iguais no mesmo sistema para que não ocorre diferença de cor da luz ou ainda problemas de equilíbrio se o reator de acionamento for único.

 

 

Obs: Na época em que este artigo foi escrito ainda não estavam popularizadas as lâmpadas econômicas (eletrônicas)