Assistindo filmes muito antigos, do tempo de Flash Gordon nos anos 40, a plateia ficava impressionada como o herói do filme e outras pessoas se aproximavam de uma porta e com um gesto faziam com que ela se abrisse. Milagre da tecnologia que eles achavam que um dia seria possível e realmente, em nossos dias, é uma coisa tão comum que ninguém repara na tecnologia envolvida.

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Quando você chega ao shopping e a porta se abre quando você se aproxima, nem mesmo fazer um gesto é necessário, como nos filmes de Flash Gordon. A porta possui um sensor que “vê você” através do calor de seu corpo e comanda o sistema de abertura. Mas, se os sensores infravermelhos piroelétricos como são chamados, são comuns, temos também outras tecnologias de controle que evoluem rapidamente rumo a recursos que cada vez mais vão nos integrar com todos os tipos de equipamentos que podemos imaginar. Uma tecnologia que hoje está em alta é a da touch screen ou tela de toque, usada em celulares, tablets, terminais de bancos e muito mais.

Nossos dedos funcionam como as placas de um capacitor e quando tocamos numa tela com sensores transparentes espalhados por sua superfície, elas podem detectá-los pela alteração elétrica que provocam.

O sensor afetado tem então suas coordenadas na tela lidas e essa informação passa aos circuitos que então saberá onde estamos tocando e com isso o que desejamos fazer: ligar um ícone, arrastar uma figura, ampliar ou reduzir uma imagem. Já está disponível uma evolução desta tecnologia que é o acompanhamento dos olhos do usuário do equipamento através de uma micro-câmera no aparelho.

Num tablet, por exemplo, esta câmera monitora o movimento de seus olhos quando você lê um texto, e quando você chega ao fim da página ela automaticamente passa para a página seguinte. Olhando fixamente para um detalhe na imagem da tela, ela percebe e o amplia sem a necessidade de se fazer qualquer movimento.

Qual é a próxima etapa? O controle pela mente, sem dúvida. Quando pensamos, nosso cérebro é percorrido por correntes elétricas tênues que, no entanto, podem ser detectadas e se soubermos interpretá-las, poderemos usá-las para controlar qualquer coisa.

Pense em mudar de canal sua TV e ela o fará, pense em acessar um determinado site pelo seu tablet e ele o fará, pense em discar um número no seu celular e ele se encarregará disso. Impossível? Também era para nossos avós, abrir uma porta com um simples gesto...