Não foram os pesquisadores que trabalhando com física quântica se viram repentinamente diante de fenômenos que, em outras épocas, seriam considerados “paranormais”, totalmente inexplicáveis para a ciência convencional. Não é por menos que muitos deles se tornaram místicos e até passaram a ter uma vida um tanto quanto afastada do que se pode chamar normal. Neste artigo, em pleno século 21, trataremos do modo como a física quântica está mudando os conceitos que temos de fenômenos paranormais, mostrando que na realidade eles são absolutamente normais podendo tanto ser aplicados pela ciência como também aplicados pela tecnologia de agora e do futuro.

Em muitos de nossos artigos e palestras temos abordado a convergência que está ocorrendo em que os equipamentos eletrônicos cada vez passam a fazer parte maior de nosso corpo e até interferir em nossa mente.

A redução das dimensões dos chips e dos componentes integrados, o conhecimento maior das estruturas de nosso cérebro e de nosso próprio corpo, levando à descobertas e aplicações da nanotecnologia com a observação de fenômenos quânticos que ocorrem nestes casos, está levando a uma nova visão de muitos do que seriam antes considerados “fenômenos paranormais” e portando duvidosos para a ciência convencional.

Recentemente tratamos da descoberta há alguns anos de estruturas diminutas em nosso cérebro que não teriam nenhuma função, mas que poderiam ter um “comportamento quântico” importante pelas suas dimensões.

Igualmente, há menos tempo ainda destacamos a descoberta de cientistas de que existem estruturas em nosso cérebro, localizadas nas sinapses que poderiam estar realizando o que se denomina “computação quântica”, o que explicaria algumas capacidades que temos e que antes eram dadas como devidas a fenômenos paranormais.

O fato é que esta presença de fenômenos que poderiam ser explicados pela física quântica em nosso cérebro, em nosso corpo e até mesmo em outros seres vivos poderia explicar muitos fenômenos, abrindo assim um interessante campo de pesquisa e até mesmo de aplicações para os leitores interessados.

 

A física quântica

Quem sempre aprendeu a explicar o mundo pela física convencionais, quando estuda física quântica tem um choque. Aquilo que é normal para nossa maneira de pensar, que segue a lógica a que estamos acostumados desaparece.

Repentinamente passamos de um inverso de 4 dimensões, três físicas e o tempo, para entrar num universo com 10 dimensões, 9 físicas e uma temporal.

As coisas começam a fugir à nossa lógica e pela nossa maneira de pensar temos dificuldades em entender e explicar. É o momento de usar a matemática e simplesmente aceitar.

Um dos fenômenos mais interessantes que começam a ser explicados a uma luz diferente e que podem já ser usados em aplicações da tecnologia é o que trata do enlaçamento de partículas.

A ideia de que os elétrons e outras partículas sejam entidades muito bem definidas no espaço, daí serem representadas por “pequenas esferas” não se aplica à física quântica.

Os elétrons nada mais são do que “ondas de probabilidade”, o que quer dizer que, quando localizamos um elétron em torno de um átomo, na verdade, no local em que pensamos que ele está, ele simplesmente tem a maior probabilidade de estar ale.

Podemos dizer que em 90% do tempo ele está ali, mas em outros 10% ele pode estar perto dali e numa fração muito pequena em qualquer parte do universo.

Isso significa que esta “partícula” não apenas teria uma localização física em nosso universo tridimensional a que estamos acostumados, mas também se espalharia pelas outras dimensões do universo quântico, o universo das pequenas partículas que não se expandiu quando do big-bang.

Tudo muito estranho, pois os elétrons, assim como outras partículas poderiam ter interações entre si através de outras dimensões, e isso significa a abolição do conceito que temos de distância no nosso espaço tridimensional.

Uma distância de muitos anos luz do espaço comum para nós se reduziria a zero no mundo das partículas quando elas se interagissem em outras dimensões.

Isso explica o fenômeno dos elétrons enlaçados que mesmo separados por distâncias física enormes continuam interligados através de outras dimensões. Podemos agir sobre um deles e essa ação reflete instantaneamente no outro como, por exemplo, uma alteração do spin.

A tecnologia imagina no futuro a possibilidade de um “modem quântico” em que poderíamos transmitir bits pelos spins dos elétrons de modo instantâneo não importando em que parte do universo se encontrem.

Hoje já se explora a computação quântica em que os bits podem ser armazenados no que se denomina spin dos elétrons. Na verdade o spin (rotação) ainda é uma reminiscência do tempo que se acreditava que os elétrons eram esféricos e poderiam girar de duas formas, para esquerda ou direita resultando no spin -1/2 e +1/2.

 

Fenômenos paranormais

Mas, é o fato de que encontramos estruturas que poderiam ter comportamentos quânticos em nosso corpo que podem repentinamente nos levar a crer na possibilidade de que certos fenômenos paranormais teriam algum tipo de relação com isso.

Como dissemos na introdução, ao analisarmos as implicações filosóficas que a física quântica têm na nossa explicação no mundo que nos cerca criando conflitos que levam muitos cientistas a tender para o lado místico, também podemos dizer que isso também pode mexer com o que denominamos “paranormal”.

De fato, alguns cientistas já tem tratado de fenômenos estranhos que poderiam ter explicações em uma possível interação quântica feita por estruturas em nosso corpo, principalmente em nosso cérebro.

A descoberta de que em nosso cérebro existem estruturas que poderiam estar realizando computação quântica explica tanto a capacidade de nosso cérebro, maior do que seria dado pelo número de neurônios que possui, como alguns fenômenos “paranormais” como a premonição, telepatia, etc. (Artigo PN044 - http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/paranormal/15355-conversando-com-os-mortos-pn044  )

Um grupo de cientistas, por exemplo, verificou que duas pessoas quando conversam entram num estado de “sintonia” pelos seus cérebros que pode ser constatada pelo monitoramentos dos ritmos elétricos (PN028 - http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/paranormal/15399-ovnis-origem-e-fenomenos-i-pn028  ).

Mas, podemos ir além. Essas estruturas quânticas poderiam interagir com nosso cérebro em dimensões que vão além das que estamos acostumados podendo então explicar fenômenos paranormais que nunca poderiam ser aceitos por uma física tradicional.

Não é por nada que muitas instituições de pesquisa de grande nome estão pesquisando de forma muito séria estes fenômenos.

 

A “não localidade” do corpos

O fato de que partículas como os elétrons não poderem ter uma localização fixa, mas sim uma grande probabilidade de estarem em um lugar vale para todo o nosso universo físico.

Se estamos aqui é porque, na realidade, todas as partículas de nosso corpo tem nesse instante uma probabilidade muito grande de estar aqui. No entanto, por frações muito pequenas do tempo, muitas delas não estão aqui, nos deixando e estando em qualquer outra parte do universo.

Podemos dizer que estamos aqui, mas ao mesmo tempo, em qualquer outra parte do universo, ou talvez em todo o universo. Haveria uma interação quântica do nosso corpo com todo o universo, pois estaríamos espalhado por todo ele.

Se esse espalhamento tem alguma consequência ou influência em nosso corpo, ou em nosso cérebro não sabemos, mas pode ser usado para explicações fenômenos como o “deja vu” e até aquilo que os místicos chamam de “corpo astral”

Há muito ainda por se pesquisar e por se descobrir. A convergência do conhecimento humano está a caminho.

Já temos citado em nossas palestras e artigos a necessidade do praticamente e pesquisador que faz uso da eletrônica entender outras ciências como a biologia, a química e agora vemos o crescimento em importância da física quântica.