Descrevemos a montagem de um sensível galvanômetro, que pode acusar a circulação de correntes muito fracas em experiências de eletricidade e eletrônica. Construído totalmente com material improvisado, pode servir perfeitamente para um excelente trabalho escolar.

Galvanômetros são instrumentos que acusam a circulação de correntes elétricas muito fracas e eventualmente determinam seu sentido de circulação.

O galvanômetro descrito neste artigo funciona baseado no efeito magnético da corrente elétrica, descoberto por Oesterd. Uma corrente, circulando por uma bobina, cria um campo magnético que, atuando sobre um pequeno imã, causa sua movimentação e com isso a deflexão de uma agulha.

A bobina pode ser enrolada com fio comum ou fio esmaltado e quanto mais voltas, maior será a sensibilidade. O imã pode ser aproveitado de qualquer objeto ou brinquedo que o possua desde que suficientemente pequeno para caber no interior da bobina.

 

Montagem:

Na figura 1 temos a montagem completa desse galvanômetro, tomando uma base de madeira de 20 X 20 cm como ponto de partida.

 

Figura 1
Figura 1

 

O carretel para enrolar a bobina pode ser aproveitado de um velho transformador fora de uso. Enrole pelo menos 50 voltas de fio, que pode ser esmaltado fino ou comum. Pode até ser aproveitado o enrolamento de baixa tensão do transformador.

Os bornes B1 e B2 servem para ligação do galvanômetro ao circuito externo. Se usar fio esmaltado, raspe no ponto em que o soldar no terminal do borne.

O ponteiro é colado numa pequena barra de imã que é amarrada no interior da bobina, conforme mostra o desenho. Esse ponteiro deve ter de 5 a 7 cm de comprimento e ser feito com fio de cobre rígido não muito grosso.

Torça o fio que prende o imã no interior da bobina de modo que ele fique na posição de zero da escala. Verifique se o movimento do ponteiro é livre de -1 a +1.

 

Prova:

A prova de funcionamento é simples. Ligue uma pilha momentaneamente nos terminais do galvanômetro, conforme mostra a figura 2.

 

Figura 2
Figura 2

 

No momento em que for feita a ligação, o ponteiro deve movimentar-se rapidamente para p +1 ou -1, conforme a polaridade da pilha

 

Determinando a sensibilidade:

Para as experiências como galvanômetro é interessante saber qual é a sua sensibilidade.

Para isso, montamos o circuito da figura 3 que consta de uma pilha, o galvanômetro, um interruptor de pressão e um potenciômetro linear de 47k.

 

Figura 3
Figura 3

 

Divisa a escala do potenciômetro em partes iguais que corresponderão a 1/10 do valor da sua resistência. Supondo a utilização de um potenciômetro de 100k teremos divisões de 10k, conforme mostra a figura 4.

 

Figura 4
Figura 4

 

Coloque o potenciômetro na posição de menor resistência e pressione o interruptor. A agulha vai se movimentar.

Vá, em seguida, aumentando a resistência inicialmente para 10k e pressione o interruptor. A agulha deverá se movimentar com menor intensidade.

Prossiga fazendo o mesmo nas posições sucessivas, até que a agulha não mais tenha um movimento perceptível. Anote a resistência em que você pode ver o menor movimento da agulha. Suponhamos que seja 60k.

Para obter a sensibilidade, divida 1,5 V , que é a tensão da pilha por 60..

Teremos: I = 1/60

I = 0,025 miliampères ou 25 microampères

A sensibilidade desse galvanômetro permite então que sejam detectadas correntes a partir de 25 milionésimos de ampère.

 

30 a 50 metros de fio esmaltado

1 base de madeira

1 carretel

1 imã

2 bornes

1 ponteiro

Diversos:

Solda, parafusos, cola, etc.