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Luiz Henrique - Duodigit

www.duodigit.com.br

 

No dia 02 de março de 2019 aconteceu no WTC em São Paulo o Fórum das Operadoras Alternativas. Onde o Instituto Newton C. Braga esteve presente cobrindo esse evento que se encontra em sua segunda edição, o evento contou com mais de 200 participantes.
foa001A organização do evento foi feita pela Mobiletime, que trouxe vários palestrantes importantes do setor.

O primeiro painel foi sobre “A maturação das MVNOs no Brasil” ,onde contou com a presença de: Alberto Blanco (CEO da Veek), Anderson Azevedo (diretor comercial de atacado da Vivo), Davi Fraga (CMO da Surf Telecom) e José Luiz Pelosini (vice-presidente da AmericaNet).

Foi debatido o atual cenário das MVNOs (Mobile Virtual Network Operator ou Operador móvel virtual ), onde Anderson Azevedo falou de atendimento diferenciado e como a Operadora Vivo pode fornecer soluções para as MVNOs, atualmente a Operadora VIVO tem 3 empresas operando e com mais 3 em fase de lançamento.
Por outro lado Davi Fraga da Surf Telecom falou sobre serviços agregados como o Mobile Pay da empresa, que é uma plataforma de pagamento móvel, a Surf Telecom consegue auxiliar às empresas que desejam entrar num mercado que é altamente regulado e com várias exigências, onde a plataforma reduz o tempo de todo o processo em 6 meses.
José Pelosi falou sobre nichos de mercado específicos ou complementares, hoje as MVNOs após 10 anos de regulamentação representam menos de 1% do mercado, portando há potencial para crescimento, inclusive com as oportunidades da IoT. Um senso comum foi que o planejamento e o conhecimento do mercado são decisivos para o sucesso .

O Segundo painel foi sobre A infraestrutura nacional para IoT que contou com a presença de: Daniel Laper (head de IoT/LoRa,American Tower), Eduardo Iha (diretor de negócios, WND Brasil), Raquel Aguiar (Embratel – Claro) e Gerson Rolim (CIO - Vecto Mobile).
Daniel Laper falou sobre o plano de instalação da rede LoraWan no Brasil em que hoje cobre 35% do PIB Brasileiro e no final de 2019 será de 50%, em que a American Tower estimula o ecossistema para o desenvolvimento de soluções locais.
O Eduardo Iha que é representante da operadora Sigfox no Brasil falou da maturidade da rede Sigfox e do crescimento dos produtos desenvolvidos no Brasil por empresas como a Sigmais, Duodigit , Reciclapac, Suntech, Loka , Gertrak, uDev, M2M, CAS, AgroSmart, Pluvion e Trace Pack, totalizando 30 empresas nacionais. As soluções já estão escalando com crescimento de 7 vezes nos últimos 7 meses, indo de 1 milhão para 7 milhões de mensagens transmitidas diariamente. Eduardo Iha acrescentou que o sucesso de soluções IoT estão baseadas no tripé: Baixo custo ( dispositivo e conectividade ), Alta cobertura e Baixo consumo de energia.
Raquel Aguiar falou da preocupação da Claro com os clientes de 2G e na migração da rede e do mercado para as redes NB-IoT e CaT-M, que tem recebido muitos clientes para testar produtos nos laboratórios da Claro no Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas.
Gerson Rolin falou do foco da Vecto de operar somente em IoT e M2M, hoje a Vecto tem uma solução de Sim Card com múltiplas operadoras e levantou a questão do desligamento da rede 2G para ter um planejamento tecnológico de mercado.
Foi comentado sobre o Plano Nacional de IoT do BNDS, desoneração tributária, e-SIM integrado e processos de homologação Anatel.

 

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Os Cases Apresentados

Case 1 – Banda larga via satélite: um mercado em expansão - Délio Morais, Hughes

Délio Morais da Hughes, falou do perfil dos usuários de internet no Brasil, onde a média de uso é de 5,1 horas/dia em LapTop e 4,2 horas/dia em smartphone e que 61% dos acessos estão em área urbana versus 34% em área rural, que o diferencial do satélite é chegar a lugares onde ninguém chega, que o uso da Banda KA proporcionou conectividade de banda larga em áreas remotas, complementando soluções dos pequenos provedores de conectividade em pequenas cidades.

 

 

Case 2 – Combinação de tecnologias para o monitoramento de frotas - Gustavo Travassos, Maxtrack

Gustavo Travassos da Maxtrack, que é uma empresa nacional na área de rastreamento que tem 3 Milhões de equipamentos comercializados, falou da solução integrada 2G com LoraP2P na área de rastreamento que já conta com 380.000 equipamentos de rastreamento instalados nos últimos 12 meses.
Este é o maior caso de uso em rastreadores no mundo e que há um a previsão de ter 700.000 equipamentos com conectividade em LoraWan pela American Tower.
Gustavo comentou sobre ter o foco em negócio e em escalar a solução, que as tecnologias das novas redes são excelentes soluções para complementar as soluções para os clientes dentro e fora do país.

 


Case 3 Embalagens inteligentes - Rogério Junqueira, Reciclapac

A Reciclapac é uma StartUp incentivada pela Fapesp e SENAI e premiada pela Universidade Oxford na Inglaterra.
Rogério Junqueira mostrou a solução da Reciclapac que faz a gestão de ativos para a Indústria 4.0. Mostrou cases da GM que possui 400.000 embalagens retornáveis das autopeças utilizada na fabricação dos veículos. Reduções de custos e perdas proporcionou economia de tempo em alguns processos que duravam 6 horas e que agora demoram 2 minutos. O sistema é baseado em um TAG IoT com bateria que é conectado nas embalagens, através da rede SIGFOX as informações de localização é enviado para o sistema de gestão. Rogério comentou também do case da CEBRACE que possui 500 clientes em todo Brasil e que obtiveram um resultado de 85% de cobertura da rede Sigfox e que essa porcentagem vem aumentando diariamente devido ao crescimento da rede Sigfox.

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Painel 3 – O surgimento de redes privadas em 4G e 5G

Os participantes deste painel foram: Hélio Maurício Miranda da Fonseca - gerente de projetos do departamento de banda larga, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Romero Guimarães - diretor de TI e transformação digital, Agência Estadual de Tecnologia da Informação de Pernambuco e Wilson Cardoso - CTO, Nokia Networks
Romero Guimarães da Agência Estadual de Tecnologia de Pernambuco falou sobre a instalação da rede 4G instalada no estado para suprir as necessidades do governo, falou do modelo de centralização e das reduções de custo.
Hélio Fonseca do MCTIC falou da regulamentação e dos incentivos de governo. Wison Cardoso comentou sobre as oportunidades de microrregiões e da tecnologia da Nokia para atender os projetos de redes privadas.

 

 


Conclusão

O Fórum de Operadoras alternativas se mostrou um excelente espaço para entender a dinâmica do setor e prover interações entre os profissionais da área.