Rádios portáteis, pequenos gravadores, MP3 e outros mini equipamentos de sons são excelentes em termos de potência quando os ouvimos de perto ou com a ajuda de um fone. No entanto, quando os utilizamos em casa, a potência disponível deixa muito a desejar. Como nestes casos não há problema de energia, podemos ligar um equipamento de reforço à rede, esta é a solução ideal que descrevemos neste projeto.

Obs: este artigo é de 1992

 

O CI TDA2002 é um dos amplificadores de áudio mais baratos e de potência excelente, o que pode significar em termos finais de avaliação, menos reais por cada watt obtido.

Com um TDA2002 podemos obter até 8 watts de potência o que se compara ao volume máximo de um rádiode automóvel, isso a partir de seu radinho de pilhas, gravador ou mesmo MP3.

Neste artigo descrevemos um simples amplificador-reforçador de excelente desempenho que pode ser usado com fontes de sinais como as indicadas na introdução.

Com a utilização de um alto-falante pesado numa boa caixa acústica teremos uma excelente qualidade de som.

Devemos acrescentar que parte da qualidade pobre da maioria dos pequenos rádios e gravadores se deve ao tamanho do alto-falante que impede a reprodução dos graves.

Nosso reforçador além de uma potência da ordem de 8 watts possui controle de tonalidade e fonte própria.

 

CARACTERÍSTICAS

Tensão de alimentação: 110/220 V c.a.

Potência de saída: 8 W (aprox.)

 

O circuito TDA2002 consiste num amplificador de áudio completo que pode ser alimentado com tensão de até 18 volts, quando então sua potência chega aos 8 watts.

Sua carga pode ser tão baixa como 1,6 ohms o que permite a utilização com alimentação de 12 V em automóveis, para potência máxima.

Este integrado é fornecido em invólucro de 5 pinos alinhados ou alternados. Facilitando a montagem e colocação de radiador de calor.

No nosso circuito podemos utilizar uma carga de 4 ou 8 ohms (ou ainda dois alto-falantes de 4 ohms em paralelo para melhor desempenho) que deve ser do tipo pesado para maior rendimento, principalmente nas baixas freqüências (graves).

A fonte de alimentação é incorporada ao circuito e tem por base um transformador comum, dois diodos e um bom capacitor de filtro. Não há necessidade de regulagem de tensão neste caso, o que significa uma boa economia no projeto.

A excitação de entrada é feita via um potenciômetro que permite seu controle de modo a não haver saturação. Em paralelo com este potenciômetro de volume (P1) temos um controle simples de tonalidade, que é formado por P2.

Trata-se de um simples atenuador de agudos que corta os sinais das frequências mais altas à medida que diminuirmos a resistência deste componente.

Na maioria dos casos a ligação da fonte de sinal pode ser feita diretamente a partir de uma saída de monitor, fone ou alto-falante externo, mas podem ocorrer casos em que se necessita de um resistor de carga para se evitar a distorção.

Um resistor de 22 ohms x 1 W ligado em paralelo com a entrada é uma solução simples.

R1 e C4 formam a rede de alimentação que determina a faixa de freqüências reproduzidas e que neste caso se estende aos 15 Hz, o que é excelente levando-se em conta a própria fidelidade dos pequenos aparelhos cujos sinais devem ser reforçados.

Na figura 1 temos o diagrama completo de nosso reforçador.

 

   Figura 1 – Diagrama completo do reforçador
Figura 1 – Diagrama completo do reforçador

 

Na figura 2 temos uma sugestão de placa de circuito impresso.

 

   Figura 2 – Placa para a montagem
Figura 2 – Placa para a montagem

 

A disposição indicada para os componentes é a que permite um funcionamento estável, não devendo ser alterada. O integrado deve ser montado em um bom radiador de calor.

Os resistores são de 1/8 ou 1/4 W e os potenciômetros são log comuns. P1 pode incluir a chave S1 que liga e desliga o aparelho.

Os capacitores não polarizados são cerâmicos ou de poliéster enquanto os polarizados são eletrolíticos para 25 V exceto C5 que pode ser para 6 ou mais.

D1 e D2 são do tipo 1N4002, mas equivalentes de maior tensão como o 1N4004 podem ser usados.

O transformador tem enrolamento primário de acordo com a rede local e secundário de 12 + 12 V com 1 A de corrente.

Pode ser usado transformador com enrolamento único de 12 V substituindo-se os diodos por uma ponte retificadora.

O alto-falante deve ter pelo menos 15 cm e ser do tipo pesado para maior rendimento na reprodução dos sons graves.

Para a entrada deve ser usado um jaque e os seus fios de ligação devem ser blindados com a malha ligada ao terra do circuito. Sem este cuidado podem ocorrer roncos no alto-falante.

Para provar, basta ligar a unidade e aplicar um sinal na entrada que pode vir da saída de um rádio transistorizado, gravador ou walkman. No caso de walkman ou MP3 podem ser montadas duas unidades iguais para um efeito estéreo e feita a adaptação de um plugue com duas saídas, uma para cada canal.

O rádio, gravador ou walkman deve operar com 1/3 de seu volume já que a potência final será controlada em P1. P2 deve controlar a tonalidade do som.

Se houver distorção faça a ligação de um resistor de 22 ohms x 1 W: em paralelo com a entrada, para servir de carga.

No caso do walkman ou MP3 este resistor deve ser de 47 ohms x 1/2 W já que os fones usados normalmente são de 32 a 64 ohms.

 

CI-1 - TDA2002 - uPC2002 ou equivalente

D1 e D2 -1N4002

S1 - interruptor simples

F1 - 500 mA -fusível

P1 e P2 - 10 k ohms; log - potenciômetros

FTE - 2 a 8 S2 - alto-falante de 15 cm.

T1 - transformador com primário de acordo com a rede local (110 ou 220 V) e secundário de 12+12 V com 1 A.

 

Resistores: 1/8 ou 1/4 W

R1 - 47 ohms

R2 - 220 ohms

R3 - 2,2 ohms

R4 - 1 ohm

 

Capacitores:

C1, C3 e C8 - 100 nF - cerâmico ou de poliéster

C2 - 10 uF x 25 V - eletrolítico

C4 - 56 nF cerâmico ou poliéster

C5 - 470 uF x 6 V - eletrolítico

C6 - 1500 uF x 25 V - eletrolítico

C7 - 1000 uF x 25 V - eletrolítico

 

Diversos: placa de circuito impresso, caixa para montagem, botões para os potenciômetros, suporte para o fusível, cabo de alimentação, jaque de entrada, radiador de calor para o transistor, fios solda, etc.