Pequenos transmissores do tipo walk-talkie, transceptores de PX, transmissores para faixa de radioamadores e de sistemas de radiocontrole podem apresentar problemas de funcionamento e, por isso, levados à sua oficina.

Obs. Este artigo é de uma publicação nossa de 1986, no entanto é ainda atual pelas técnicas que ensina. Nos artigos seguintes e nos anteriores (INS419, 420) temos outros usos para este instrumento.

 

Como verificar se o sinal está sendo irradiado a partir de um transmissor?

O multímetro, com pequenas adaptações, pode ser usado para servir como medidor de intensidade de campo, ou seja, para detectar sinais de rádio numa ampla faixa de frequências.

Na figura 1 damos o modo de se fazer a ligação de dois componentes externos ao multímetro que permitem sua utilização como medidor de intensidade de campo.

 


 

 

O diodo pode ser de qualquer tipo de germânio de uso geral como 1N34, 1N60 ou equivalente. O choque de 1 mH pode ser construído enrolando-se num pequeno bastão de ferrite umas 200 voltas de fio esmaltado fino.

A ponta de prova vermelha servirá como antena devendo ser aproximada da antena do aparelho em teste (evite encostá-la).

A ponta preta, se o transmissor for potente, pode simplesmente ficar solta na bancada, mas se o transmissor for fraco, deve ser ligada a qualquer objeto em contato com a terra.

Se o transmissor estiver emitindo sinal, então a agulha do multímetro se movimentará proporcionalmente.

Mantendo fixos, o multímetro e sua ponta de prova, este instrumento pode ser usado para ajustes de maior rendimento nos transmissores.

Outra aplicação do multímetro nesta configuração é na determinação da eficiência de uma antena. Bastará aproximar a ponta de prova da antena e verificar a deflexão da agulha. Com transmissores potentes, a colocação da ponta de prova até a alguns metros de distância já provoca movimentação da agulha.