O BGY33 é um componente relativamente antigo mas que ainda é usado numa grande quantidade de kits de emissoras de FM do mundo inteiro. Fornece uma potência de saída de até 22 W a partir de apenas 100 mW. Conheça este componente e veja como ele é usado.

Projetados para fazer parte de equipamentos móveis de VHF, os módulos da série BGY32/BGY33/BGY35/BGY36 da Philips logo foram descobertos pelos interessados em emissoras comunitárias que passaram a usá-los como amplificadores lineares de grande eficiência, com uma saída de potência de até 22 W.

Para a faixa de FM utiliza-se o BGY33/133, que pode operar com sinais de 80 a 108 MHz, enquanto que os outros cobrem o restante da faixa entre 68 e 174 MHz.

Este componente consiste num módulo com todos os componentes que formam uma etapa excitadora e de potência com 3 transistores. O circuito equivalente é mostrado na figura 1.

 


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O BGY33 vem num invólucro SOT-1328 com a pinagem mostrada na figura 2, que deve ser montado num radiador de calor.

 


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CARACTERÍSTICAS

Faixa de frequências de operação: 80 a 108 MHz;

Tensão nominal de alimentação (VB1 e VB2): 12,5 V;

Potência de entrada (Pd): 100 mW;

Potência de saída: maior que 18 W (tip. 22 W);

Impedância nominal de entrada: 50 ohms;

Impedância nominal de saída: 50 W.

 

 

VALORES LIMITES

Tensão de alimentação (VB1 e VB2): 15 V

Potência de entrada: 200 mW.

Na figura 3 temos um circuito de aplicação típico.

 


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Um capacitor de 10 µF um de 100 nF de poliéster devem ser usados em paralelo com a alimentação de modo a fazer o desacoplamento dos pinos de alimentação.

A potência de saída pode ser controlada pela variação da tensão VB1. A corrente exigida é de 0,75 mA na faixa de 3 a 12 V.

O dissipador de calor deve ter pelo menos 30 x 12 x 5 cm.

Um dos grandes problemas para a montagem de circuitos de alta potência que operam em frequências elevadas é o layout da placa de circuito impresso.

As ligações devem ser as mais curtas possíveis e áreas adjacentes aos componentes percorridos por sinais devem ser mantidas cobreadas de modo a funcionarem como blindagens.

Na figura 4 temos uma sugestão de placa de circuito impresso para esta montagem.

 


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Na sugestão de placa dada na figura 4 temos a utilização de bobinas impressas de modo a facilitar a montagem. Estas bobinas precisam ter as dimensões indicadas mantidas para que o circuito funcione perfeitamente.

Estas bobinas formam um filtro passa baixas, cuja finalidade é bloquear as harmônicas que possam aparecer na saída do circuito evitando assim problemas de interferências.

Os capacitores usados neste circuito devem ser cerâmicos e o circuito regulador de tensão também deve ser dotado de um dissipador de calor.

A alimentação deve ser feita com uma fonte de 12 V com pelo menos 5 A e excelente filtragem.

Na figura 5 temos uma sugestão de fonte de alimentação que pode ser usada com este circuito.

 


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Finalmente, na figura 6 damos o circuito de um pequeno transmissor de FM que fornece os 100 mW necessários à excitação desta etapa.

 


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Este circuito consiste numa configuração mínima em que não temos o controle da frequência por cristal. Para uma emissora mais sofisticada e estável recomendamos que seja usado um circuito controlado a cristal.

 

Na entrada de modulação pode ser aplicado o sinal de um mixer comum que opere com fontes como microfone e decks de CDs e fitas ou também pode ser usado um codificador estéreo para transmissão estéreo.

 

A placa de circuito impresso para o circuito é mostrada na figura 7.

 


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Veja que as bobinas L3, L4 e L5 são feitas na própria placa de circuito impresso. As áreas cobreadas em torno dessas bobinas e no restante da placa são importante neste tipo de projeto, pois servem de blindagem.

As bobinas L1 e L2 são formadas por 8 espiras de fio 26 num tubinho de papelão de 0,3 a 0,4 cm de diâmetro.

É muito importante o uso de um bom radiador de calor para o circuito integrado.

A entrada dos sinais deve ser feita por conector coaxial apropriado, assim como a saída.

Os capacitores são todos cerâmicos e no trimpot é ajustado o sinal de saída.

 

 

ANTENA

Um ponto importante a ser considerado quando se fala em transmissores é que a utilização da antena apropriada não é apenas importante para se garantir que todo o sinal seja transmitido e por isso o alcance seja maior, como também para se evitar que sejam formadas ondas estacionárias.

Se ondas estacionárias causadas pela reflexão do sinal no cabo de antena aparecerem, o circuito integrado receberá de volta a potência não irradiada, podendo sofrer sobrecargas.

O BGY33 tem uma certa proteção para o caso de aparecerem estas ondas estacionárias, mas devem ser evitadas em nível elevado para maior segurança do componente.

 

 

COMO CONSEGUIR O BGY33 ou BGY133

Embora não seja um componente comum e barato em alguns sites da Internet encontramos fornecedores para este componente. Em lojas dificilmente o leitor conseguirá este componente.

O preço é bastante alto, mesmo no exterior: mais de 100 dólares.

No entanto, se o leitor digitar "BGY33 ou BGY133" nos programas de busca da Internet, preferivelmente no Google, terá a oportunidade de ver alguns fornecedores que trabalham pelo correio, aceitam cartões de crédito internacional e alguns que até vendem o kit completo.

Alertamos os leitores, entretanto, para os problemas de segurança destas transações e principalmente de que se trata de circuito que exige conhecimento para a montagem, além do fato de que as emissoras de FM denominadas "comunitárias" ainda não estejam totalmente regulamentadas.

 

 

 

LISTA DE MATERIAL

Semicondutores:

CI1 - BGY33 - circuito integrado amplificador de VHF (FM) - Philips-Thomson

Resistores:

R1 - 270 ohms x 1/2 W

P1 - 2,2 k ohms - trimpot

Capacitores:

C1, C8 - 100 nF - cerâmico

C2, C7 - 10 nF - cerâmico

C3, C6 - 27 pF - cerâmico

C4, C5 - 56 pF - cerâmico

Diversos:

L1, L2 - ver texto

L3 a L5 - impressas na placa - ver texto

Placa de circuito impresso, fonte de alimentação, caixa para montagem, fios, solda, etc.

 

 

 

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