É comum, encontrarmos nas lojas de componentes eletrônicos, amplificadores híbridos, que permitem a realização de projetos completos de alta potência, com pouquíssimos componentes externos. Destacam-se entre os híbridos mais usados os da Sanyo (Série STK, por exemplo) e os da Sanken. Neste artigo apresentamos um amplificador de 50 W por canal com híbridos da Sanken.

Obs. O artigo é de 1990- Verifique a disponibilidade do circuito híbrido antes de iniciar a montagem.

 

Os circuitos híbridos, caracterizam pela montagem num sistema quase que integrado, tanto de semicondutores, como de componentes passivos, num único suporte que é colocado em invólucro pronto para uso.

Temos nestes componentes, tanto elementos que são fabricados interligados num processo único como componentes que são fabricados separadamente e depois montados no mesmo invólucro dai a denominação.

Como no caso dos integrados, a obtenção de transistores, diodos e resistores, não oferece maiores problemas.

No entanto, capacitores de valores elevados não podem ser obtidos com facilidade sendo normalmente os componentes externos necessários a implementação do projeto.

Dada a simplicidade que se obtém para um amplificador completo, muitos fabricantes de equipamentos que precisam deste tipo de estágio, optam pelos híbridos, dai serem eles encontrados em sistemas de som, instrumentos musicais (órgãos, caixas amplificadas, etc.), equipamentos profissionais de áudio, vídeo, etc.

 

COMO TRABALHAR COM HÍBRIDOS

É claro que, no caso da queima de qualquer elemento interno de um amplificador híbrido, não existe outra solução senão a sua substituição.

Por este motivo, além dos Cuidados normais com a montagem, devemos precaver com eventuais curtos em elementos de saída ou a aplicação de tensões acima das recomendadas.

Os amplificadores deste tipo vêm montados em invólucros de pinos alinhados (SIL) que permite a montagem fácil de radiadores de calor e o projeto de placas com ligações curtas, o que é muito importante para se evitar a captação de zumbidos e instabilidades.

O formato deste integrado é mostrado na figura 1.

 

    Figura 1 – Invólucro do circuito híbrido
Figura 1 – Invólucro do circuito híbrido

 

No nosso caso, o híbrido usado é o Sl-1050G que apresenta as seguintes características elétricas:

Potência de saída RMS: 50 W

Impedância de saída: 8 ohms

Impedância de entrada: 10 k

Faixa de frequências para 0,5% de distorção: 20 a 100 000 Hz

Fonte de alimentação necessária: simétrica de 26 + 26 V x 2 A

 

MONTAGEM

Na figura 2, temos o diagrama completo do amplificador, incluindo a fonte de alimentação.

 

   Figura 2 – Diagrama do amplificador
Figura 2 – Diagrama do amplificador

 

As tensões de operação dos capacitores eletrolíticos são dadas no próprio diagrama. os resistores são de 1/8 W e o potenciômetro de controle de volume de cada canal é log de 1ok e eventualmente pode ser usado num único duplo com o acréscimo de um controle de balanço.

O transformador tem enrolamento primário de acordo com a rede local e secundário de 25 + 25 V com 2,5 A de corrente pelos menos.

Os eletrolíticos do setor de fonte devem ser realmente grandes para garantir uma boa filtragem.

Os alto-falantes devem ser capazes de suportar a potência de saída de cada canal e cada um dos canais é protegido por um fusível.

No layout da placa faça trilhas largas para os pinos e alimentação (9 e 5 de cada integrado) e assim como o retorno comum (pino 2).

 

PROVA E USO

Basta ligar a unidade e aplicar um sinal na entrada, verificando, se ocorrem aquecimentos anormais dos circuitos híbridos que devem estar em bons radiadores de calor.

Anomalia como roncos ou instabilidades, podem ser devidas a filtragem ou trilhas longas nas entradas ou nos próprios cabos de entrada.

 

CI-1 e CI-2 - SI-l050G - Amplificador híbrido Sanken

D1 a D4 - diodos de 100 V x 2A

T1 - Transformador com primário de acordo com a rede local e secundário de 25 + 25 V x 2,5 A

F1 a F3 - 2A - fusíveis

P1 e P2 – 10 k – potenciômetros log

S1 - Interruptor simples (opcional junto à P1 e P2 - duplo)

C1 e C2 - 10 uF/10V - capacitores eletrolíticos

C3 e C4 - 22 uF/50 V - capacitores eletrolíticos

C5 e C6 - 10 uF/100 V - capacitores eletrolíticos

C7 e C8 - 47 nF – capacitores cerâmicos ou poliéster (100 V ou mais)

C9 e C10 - 3 300 uF/50 V - capacitores eletrolíticos

R1, R2 - 10 ohms x 1/8 W - resistores (marrom, preto, preto)

Diversos: placa de circuito impresso, radiadores de calor, botões para os potenciômetros, suporte para fusíveis, cabo de alimentação, fios, solda, etc.