Muitos componentes eletrônicos e circuitos são extremamente sensíveis, sendo danificados com extrema facilidade pela presença de cargas estáticas. Isso exige um cuidado especial tanto no manuseio como no transporte como no armazenamento. Item especial na proteção desses componentes são as embalagens antiestáticas. Neste artigo trataremos desse item fundamental para a proteção de seu produto.

O simples atrito de seus sapatos com um carpete pode gerar cargas elétricas que levam seu corpo a potenciais que podem chegar aos 10 000 V. Uma descarga dessa tensão num componente eletrônico ou numa placa pode causar danos irreversíveis.

A própria carga presente em objetos com os quais os componentes entrarem em contato pode ser responsável por descargas capazes de causar danos irreversíveis. As finas capas de óxido dos componentes de tecnologia CMOS não resistem a mais do que alguns poucos volts podendo ser rompidas levando-os a falhas.

Existem diversas formas de se proteger componentes no manuseio, transporte e armazenamento e uma delas é através de embalagens antiestáticas. Feitas com materiais especiais, estas embalagem evitam o armazenamento de cargas elétricas, servindo assim para proteger os componentes e placas.

Praticamente todos os componentes e placas utilizam essas embalagens em nossos dias, sendo um item fundamental no laboratório de eletrônica, na loja ou simplesmente quando se for transportar algum dispositivo eletrônicos sensível.

Hoje podemos com embalagens desse tipo a custos acessíveis, o que permite que elas estejam disponíveis a todos, em todos os formatos e tamanhos possíveis. Antes de tratarmos da sua disponibilidade, vejamos como elas funcionam.

 

Embalagens antiestáticas

O material mais comum utilizado na fabricação das embalagens antiestáticas é o polietileno tereftalato ou politereftalato de etileno (PET). Trata-se de um polímero sintético um plástico que além de poder ser moldado pelo calor também tem propriedades elétricas importantes.

Para as embalagens temos os tipos de cor prateada que a de filme metálico e a rosa ou preta que consiste no polietileno. Essa forma de polietileno também pode ser trabalhada de modo a adquirir a forma de espuma, bolhas ou plástico.

Para os componentes e placas eletrônicas a forma mais usada é a de sacos de filmes PET metalizados, conforme mostra a figura.

 

 

Figura 1 – Os sacos de filmes metalizados.
Figura 1 – Os sacos de filmes metalizados.

 

 

Esses sacos têm uma propriedade elétrica importante que é a de não acumular cargas elétricas, por isso são denominados antiestáticos ou dissipativos.

As embalagens ou sacos antiestáticos dissipativos, como o nome sugere, são feitos de polietileno padrão com um revestimento ou camada dissipativa estática no plástico. Isso evita o acúmulo de uma carga estática na superfície do material, pois ela descarrega-se com facilidade.

Para tornar o material condutor temos a adição uma amina de sebo na superfície dos sacos que atrai a umidade tornando-a levemente condutora com isso conduzir eventuais cargas que estão se acumulando para outra superfície, ou para a própria atmosfera. Veja que esse material é antiestático, no sentido de que dificulta a formação de cargas estáticas, mas não é imune às descargas eletrostáticas.

No entanto, se um objeto carregado tocar o material (como a mão de uma pessoa), sua carga será facilmente transferida para o material e seu conteúdo. Essas embalagens normalmente são de cor rosa ou vermelha por causa da camada química dissipativa.

Também existem sacos pretos, onde o polietileno é fabricado contendo traços de carbono, formando uma blindagem parcial, mas não completa.

Os sacos condutivos antiestáticos são fabricados com uma camada de metal condutor, geralmente alumínio, e uma camada dielétrica de plástico coberta por um revestimento dissipador de estática. Isso forma uma blindagem e uma barreira não condutora, protegendo o conteúdo da carga estática como uma gaiola de Faraday.

Essas embalagens são preferidas para os componentes mais sensíveis, mas também são usadas em ambientes onde centelhamento seria perigoso, como áreas ricas em oxigênio em aeronaves e hospitais.

As embalagens metalizadas são mais frágeis do que os não metálicos, no entanto, uma vez que qualquer perfuração compromete a integridade do escudo. Além disso, eles têm uma vida útil limitada, pois o substrato metálico pode se deteriorar com o tempo.

Essas bolsas geralmente são cinza ou prateadas devido à camada de metal, embora ainda sejam transparentes até certo ponto.

 

Conclusão

Proteger seus componentes e placas não custa muito. Um investimento muito pequeno numa embalagem apropriada pode evitar a perda de um componente muito mais valioso e, nossos dias, difícil de repor em prazo curto.

Pense em ter um estoque dessas embalagens nos tamanhos de acordo com os componentes e produtos com que você trabalha.

Mais informações sugerimos contatar a LaTeRe. https://laterebr.com.br/